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Agenda Cultural Julho

Banner com as imagens: fachada do Museu da Justiça; Salão dos Espelhos; Salão Nobre.

Para acessibilidade de todos, clique aqui e acesse as informações sobre a programação cultural do Museu da Justiça de Julho.

 

Venha conferir também os programas virtuais do Museu da Justiça. Clique neste link para acessar a página Museu da Justiça com Você.

 

Imagem estilizada de duas mãos e um livro, representando a troca do livro.

Troca de Livros
Doe seu livro, leve outro para ler

No dia 4 de julho, o Troca de Livros de Niterói recebe os escritores Fernanda Cariello e Jordão Pablo de Pão.

Fernanda Cariello é mestre em Educação pela UNIRIO e aposentada das redes municipal e estadual de educação. Possui em seu currículo as obras: Marino Cariello - o Artista (2009), onde atuou como organizadora; Os ciclos e a formação de professores da rede municipal de Niterói - Reflexões da primeira década do século XXI (2015); Zé Paixão - o menino reclamão (2021); e Apelidos (2021).

Jordão Pablo de Pão é pesquisador de Memória Literária, escritor e gestor público. Membro Titular da Academia Niteroiense de Letras. Ministrante de cursos e palestras sobre a história da literatura e a literatura da região metropolitana do Rio de Janeiro. Autor dos livros literários "Cáustico" (2023), "Doce Maresia" (2021), "Café Quente" (2019) e "O Mar do Meu Velho" (2018-9) e do livro teórico "Afinal, para que Academias de Letras?" (2023), além de mais de uma dezena de livros artesanais e fanzines. Editor e Revisor de Texto, Cofundador da Editora ETÉ. Participante de diversas publicações coletivas e, como julgador, de diversos concursos literários. Há quinze anos ininterruptos atua na gestão pública municipal de Niterói-RJ. Pós-Graduado em Arquivo: Patrimônio Cultural, Histórico e Artístico. Graduado em Letras pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

O público pode participar do Troca de Livros, trazendo um livro, em bom estado, e levando outro, de seu interesse. No Museu da Justiça de Niterói, o evento ocorre às terças-feiras, e, na sede do Museu da Justiça, no Rio de Janeiro, as trocas podem ser realizadas, sempre, às quintas-feiras.

Clique neste link para acessar o catálogo de obras disponíveis em Niterói.

Terças-feiras, Museu da Justiça de Niterói
Praça da República, s/n. Centro, Niterói
Sempre das 12h às 14h
Participação franca

Capa do livro Juristas em Resistência.

Parcerias do Museu
Lançamento do livro “Juristas em Resistência”, de Antônio Pedro Melchior

A EDITORA CONTRACORRENTE tem a satisfação de anunciar a publicação do livro Juristas em resistência: memória das lutas contra o autoritarismo no Brasil, de Antonio Pedro Melchior. A partir de vasta bibliografia – que inclui trabalhos de áreas diversas, processos jurídicos e documentos – e de uma notável capacidade de análise do autor, esta obra se insere na dimensão das “políticas de justa memória”, com seu objetivo de recuperar a atuação dos juristas em resistência ao autoritarismo do sistema de justiça brasileiro do Estado Novo.

Embora se volte para o passado, o livro também articula, habilmente, a experiência da década de 1930 com as da década de 1960 e as do Brasil contemporâneo, em que juristas se veem “igualmente envolvidos com as lutas contra a neofascistização das instituições políticas e jurídicas brasileiras”.

Assim, a obra de Melchior é contribuição decisiva para nutrir “a consciência coletiva das vivências e recursos empregados por um povo para resistir à ditadura, ao autoritarismo e à repressão política no sistema de justiça criminal”.

Nas incisivas palavras do próprio autor, “a luta pela democratização da memória (...) interessa ao sistema de justiça penal em particular porque permite desvelar um conjunto de ideias e representações que falam não apenas sobre o horror e sofrimento impostos por regimes e práticas autoritárias, mas dos recursos empregados para produzir espaços de liberdade. Essas memórias foram relegadas ao silenciamento por políticas dirigidas a fortalecer uma determinada memória como oficial, dotar discursos, narrativas e instituições de duração e estabilidade. Recuperá-las é uma questão vital para lidarmos com o presente contexto brasileiro, além de servir a um projeto de funcionamento democrático da justiça criminal”.

5 de julho, quarta-feira, 17h
Salão Nobre do Museu da Justiça
Rua Dom Manuel, 29, Centro, Rio de Janeiro
Classificação indicativa: livre
Entrada franca

Fotografias dos membros da Orquestra.

Parcerias do Museu
Orquestra Barroca da UNIRIO

Seguindo uma tendência que vem ganhando o mundo desde a década de 50, a Orquestra Barroca da UNIRIO procura recriar o ambiente sonoro intimista e variegado dos séculos XVII e XVIII. Para isso, utiliza em seus ensaios e apresentações, cópias fiéis de instrumentos do período barroco com suas características tão particulares reproduzidas com obsessiva atenção. A ideia é proporcionar ao público a experiência de uma volta ao nosso passado sonoro, reestabelecendo o equilíbrio entre os timbres orquestrais originais, e evocando o universo musical que circundava os compositores deste período, como Bach, Rameau, Vivaldi.

Ainda que consista em maravilhoso desafio, tal tarefa não é nada fácil. Os integrantes da OBU se debruçam sobre métodos e tratados esquecidos e partituras ainda não editadas para desvelar hábitos de execução e resgatar antigas técnicas instrumentais. Reaprendem a tocar instrumentos que se assemelham a seus equivalentes modernos, mas se distinguem deles em muitos aspectos fundamentais. Cordas de tripa, flautas de madeira, oboés sem chaves, flautas doces, e outros instrumentos exóticos como violas da gamba, cravo, espineta, portativo, viela de roda, cello da spalla, se unem para produzir uma sonoridade de sabor inigualável, digna de reis.

Se você se interessa em explorar caminhos familiares, mas que levam alugares inusitados, se gostaria de ouvir as grandes obras do passado como seus compositores as ouviram pela primeira vez, se deseja mergulhar nas cores e timbres do século das luzes, não perca a oportunidade. A OBU propõe uma aventura musical única e emocionante. Mas esteja avisado: quem embarca nesta viagem, nunca mais ouvirá música da mesma maneira!

Para assistir basta chegar com trinta minutos de antecedência e retirar uma senha na recepção. A apresentação é gratuita.

10 de julho, segunda-feira, às 19h
Sala Multiuso do Museu da Justiça
Rua Dom Manuel, 29, Centro, Rio de Janeiro
Capacidade: 60 pessoas
Retirada de senha na recepção 30 minutos antes do evento
Informações: museu.agendacultural@tjrj.jus.br
Classificação indicativa: livre
Entrada franca

Imagem estilizada de duas mãos e um livro, representando a troca do livro.

Troca de Livros
Liberté, Égalité, Fraternité

No dia 14 de julho é celebrada na França A Tomada da Bastilha, evento central da Revolução Francesa que simbolizou para a história do ocidente a defesa da igualdade, liberdade e fomentou a fraternidade entre aqueles que lutaram por ideais de justiça. Em comemoração à efeméride e ao eixo cultural França-Brasil, o Troca de Livros do Rio promove a edição especial Liberté, Égalité, Fraternité.

Na ocasião estarão disponíveis para troca obras de autores franceses doadas pela Biblio Maison, também serão declamados poemas em francês e português, com participação de servidores e colaboradores do TJRJ.

O público pode participar do Troca de Livros, trazendo um livro, em bom estado, e levando outro, de seu interesse. No Museu da Justiça de Niterói, o evento ocorre às terças-feiras, e, na sede do Museu da Justiça, no Rio de Janeiro, as trocas podem ser realizadas, sempre, às quintas-feiras.

Clique neste link para acessar o catálogo de obras disponíveis no Rio de Janeiro.

13 de julho, quinta-feira, 12h
Salão dos Espelhos do Museu da Justiça
Rua Dom Manuel, 29, Centro, Rio de Janeiro
Classificação indicativa: livre
Entrada franca

Fotografia do Salão dos Espelhos.

Coisas de Museu
Curiosidades sobre os acervos do Museu da Justiça

Série de vídeos que abordam curiosidades sobre a história do Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro. A equipe de museólogos e arte educadores trazem todo mês histórias sobre os acervos do Museu da Justiça e o judiciário.

Dia 15/07 - O Salão Francês

 

Estreia dia 15 de julho, sábado, nas redes sociais do TJRJ
Instagram: @tjrjoficial
Classificação indicativa: Livre

Logomarca do programa Conversas no Museu.

Conversas no Museu
O humor como instrumento de superação da violência

O Museu da Justiça apresenta o projeto Conversas no Museu, no dia 18 de junho às 16h, na sala multiuso do Museu da Justiça.

Conversas no Museu – O Papel do Direito na Defesa das Minorias Sociais é um espaço que possibilita a discussão, a aproximação e a sensibilização das pessoas, através de encontros com apresentações lúdicas e conteúdos didáticos, de temas voltados para questões relativas às minorias sociais.

Para este encontro teremos como tema “O humor como instrumento de superação da violência” que contará com a presença de Karla Concá e Maria Augusta Fisher.

Karla Concá é Incentivadora de sonhos, filha, mãe, atriz, palhaça, professora, dramaturga e diretora com recorte de gênero na palhaçaria feita por mulheres. Formada em Artes Cênicas pela faculdade Cal e cofundadora e integrante desde 1991 do primeiro grupo de mulheres palhaças do Brasil - As Marias da Graça no Rio de Janeiro. Maria Augusta Fischer é psicóloga clínica e jurídica, Mestre em Psicologia pela PUC-Rio, especialista em violência contra a mulher e coordenadora do grupo de reflexão do CIAM Marcia Lira.

O programa Conversas no Museu – o papel do direito na defesa das minorias sociais será realizado de forma híbrida e o público poderá assistir presencialmente, através da retirada de uma senha meia hora antes da apresentação, ou virtualmente, através do instagram do TJ no @tjrjoficial.

18 de julho, terça-feira, 16h
Sala Multiuso do Museu da Justiça
Rua Dom Manuel, 29, Centro, Rio de Janeiro
Evento híbrido: assista ao vivo pelo instagram do TJRJ @tjrjoficial
Classificação indicativa: livre
Entrada franca

Fotografia de Laurentino Gomes.

Humanitas – Ciclos de Diálogos Interdisciplinares do Museu da Justiça
Por uma segunda Abolição

“Os indicadores sociais mostram um fosso enorme de desigualdade entre negros e brancos. Estatisticamente, pobreza no Brasil permanece como sinônimo de negritude. Com raras exceções, quanto mais negra a cor da pele, maior é a chance de uma pessoa ser pobre. Os descendentes de africanos ganham menos, moram em habitações mais precárias, estão mais expostos aos efeitos da violência e da criminalidade e têm menos oportunidades em todas as áreas, incluindo emprego, saúde, educação, segurança, saneamento, moradia e acesso aos postos da administração pública.”
Escravidão – Volume III (2022), de Laurentino Gomes.

O Museu da Justiça, com o objetivo geral de fomentar, em especial, aproximações entre o Direito e as demais Humanidades, dá continuidade às atividades do programa Humanitas – Ciclos de Diálogos Interdisciplinares do Museu da Justiça, cujas ações têm o propósito específico de promover a cultura humanística, filosófica, científica e artística. Nesta 22ª edição, em comemoração ao Dia Nacional de Combate à Discriminação Racial (3 de julho); Dia do Nascimento de Nelson Mandela (18 de julho), e Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha (dia 25 de julho), realizaremos, em formato virtual, no dia 19 de julho, de 16h às 17h30min, a palestra intitulada "Por uma segunda Abolição", que será proferida pelo escritor, jornalista e conferencista Laurentino Gomes, autor, dentre outros livros, da célebre trilogia Escravidão (que teve seus volumes publicados, respectivamente, em 2019, 2021 e 2022).

Paranaense de Maringá e oito vezes ganhador do Prêmio Jabuti de Literatura, Laurentino Gomes tornou-se, nacional e internacionalmente conhecido, a partir da publicação do livro 1808, lançado em 2007, sobre a fuga da corte portuguesa de dom João para o Rio de Janeiro (Prêmio de Melhor Ensaio de 2008, concedido pela Academia Brasileira de Letras, e “Livro do Ano”, na categoria de Não Ficção, do Prêmio Jabuti de Literatura). Ainda em 2008, a Revista Época elegeu Laurentino uma das 100 pessoas mais influentes do ano, pelo mérito de conseguir vender mais de meio milhão de exemplares de um livro sobre História do Brasil. Na sequência, o autor lançou as obras 1822 (publicado em 2010), sobre a Independência do Brasil; 1889 (lançado em 2013), sobre a Proclamação da República; a referida trilogia Escravidão, além de O caminho do peregrino: Seguindo os passos de Jesus na Terra Santa (2015), em coautoria com Osmar Ludovico da Silva. Os livros de Laurentino Gomes estão publicados no Brasil, em Portugal, nos Estados Unidos, na China e na Rússia. Formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com pós-graduação em Administração pela Universidade de São Paulo (USP), fez cursos na Universidade de Cambridge (Inglaterra), e na Universidade de Vanderbilt (EUA). Trabalhou como repórter e editor em vários órgãos de comunicação do Brasil, incluindo o jornal O Estado de São Paulo e a revista Veja. É titular da cadeira 18 da Academia Paranaense de Letras.

Após a palestra, o escritor será entrevistado e, em seguida, o público poderá conversar com o convidado e/ou lhe direcionar perguntas.

Os ciclos Humanitas objetivam difundir e realçar noções ético-humanísticas, em apoio ao amplo esclarecimento sociopolítico, imprescindível ao exercício democrático da cidadania.

O evento conta com o apoio das equipes de Produção e do Educativo do Museu da Justiça, além da coordenação de W. B. Lemos e Ricardo Vieira Lima. Doutor em Literatura Comparada pela UERJ e integrante do corpo de instrutores da Escola de Administração Judiciária (ESAJ), Lemos publicou, em 2014, o livro Rasga-mortalha – poemas dos outros, ganhador do Prêmio de Poesia Ivan Junqueira, concedido pela União Brasileira de Escritores - Seção Rio de Janeiro (UBE-RJ). Já Ricardo Vieira Lima é poeta, crítico literário e jornalista. Doutor em Literatura Brasileira pela UFRJ e Editor-Assistente da revista Fórum de Literatura Brasileira Contemporânea (UFRJ), Ricardo organizou e prefaciou os livros: Anos 80, da coleção Roteiro da Poesia Brasileira (2010), e Poesia completa, de Ivan Junqueira, lançado em 2019, em edição conjunta da editora portuguesa Glaciar com a Academia Brasileira de Letras (ABL). Seu livro Aríete – poemas escolhidos (2021) ganhou os Prêmios Ivan Junqueira, da Academia Carioca de Letras (ACL), e Jorge Fernandes, da União Brasileira de Escritores - Seção Rio de Janeiro (UBE-RJ). A mediação do evento será dos coordenadores.

19 de julho, quarta-feira, às 16h
O acesso à sala estará disponível a partir das 15h 55min, no dia do evento
Pedimos aos participantes que entrem na sala virtual com os microfones e câmeras desligados
Para participar clique neste link no dia do evento
Informações: museu.agendacultural@tjrj.jus.br
Classificação indicativa: a partir de 14 anos
Participação franca

Fotografia dos homenageados: Carolina Maria de Jesus e Solano Trindade.

Do Direito à Literatura
Bitita e o Poeta Negro: a lírica social e política de Carolina Maria de Jesus e Solano Trindade

“Muitas fugiam ao me ver/ Pensando que eu não percebia/ Outras pediam para ler/ Os versos que eu escrevia// Era papel que eu catava/ Para custear o meu viver/ E no lixo eu encontrava/ Livros para eu ler// Quantas coisas eu quis fazer/ Fui tolhida pelo preconceito/ Se eu extinguir, quero renascer/ Num país em que predomina o preto// Adeus! Adeus, eu vou partir! Morrer! / E deixo esses versos ao meu país. / Se é que temos o direito de renascer, / Quero um lugar onde o preto é feliz.”
“Muitas fugiam ao me ver”, do livro Clíris: poemas recolhidos (2019), de Carolina Maria de Jesus.

“Lincharam um homem/ Entre os arranha-céus, / (Li no jornal) / Procurei o crime do homem/ O crime não estava no homem/ Estava na cor da sua epiderme”.
“Civilização branca”, do livro Poemas antológicos (2011), de Solano Trindade.

O Museu da Justiça, com o intuito de promover a leitura de poesia, realizará a 33ª Edição do Sarau do Museu – Bitita e o Poeta Negro: a lírica social e política de Carolina Maria de Jesus e Solano Trindade, em formato virtual, no dia 26 de julho, às 17h, como mais um dos desdobramentos do programa Do Direito à Literatura – Encontros Literários Interdisciplinares, série de ações que têm como objetivo buscar aproximações entre o Direito e as demais Humanidades. Nesta edição, em razão das seguintes efemérides: Dia Nacional de Combate à Discriminação Racial (3 de julho); Dia do Nascimento de Nelson Mandela (18 de julho), e Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha (dia 25 de julho), o Sarau do Museu celebra a obra poética de dois grandes nomes da Literatura Afro-Brasileira: Carolina Maria de Jesus (1914-1977) e Solano Trindade (1908-1974).

Carolina foi escritora, compositora e poeta. Nascida em Minas Gerais, na cidade de Sacramento, Carolina, cujo apelido, Bitita, lhe foi dado ainda na infância, nasceu em uma família pobre de lavradores e recebeu uma educação formal de apenas dois anos. Em 1937, sua mãe faleceu e Carolina decidiu se mudar para a cidade de São Paulo. Em 1948, desempregada e grávida, foi viver na favela do Canindé, na Zona Norte de São Paulo, onde nasceram seus três filhos. Enquanto viveu na favela, sustentou a si mesma e sua família como catadora de papéis. Ao mesmo tempo em que trabalhava como catadora, registrava o cotidiano da comunidade onde morava nos cadernos que encontrava no lixo, somando mais de 20 diários. Um desses cadernos, um diário que havia começado em 1955, deu origem ao seu livro mais famoso, Quarto de despejo: diário de uma favelada, editado em 1960, com o auxílio do jornalista Audálio Dantas, responsável pela descoberta da autora. A obra alcançou um enorme sucesso, tendo sido traduzida para 14 idiomas. Depois do êxito do primeiro livro, Carolina mudou-se da favela do Canindé, gravou um disco com composições próprias e continuou a escrever. Porém, seus livros seguintes não alcançaram o mesmo sucesso do primeiro. Em 1977, no dia 13 de fevereiro, Carolina morreu, esquecida e pobre, em Parelheiros, distrito da cidade de São Paulo. Atualmente, Carolina Maria de Jesus é considerada uma das primeiras escritoras negras brasileiras e uma das mais importantes do país. Sua obra circula em mais de 40 países e tem sido objeto de diversos estudos, dissertações de mestrado e teses de doutorado. Em 2021, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) concedeu, postumamente, o título de Doutora Honoris Causa à escritora. No mesmo ano, a editora Cia. das Letras anunciou a criação do Conselho Editorial Carolina Maria de Jesus, com o objetivo de reeditar a obra da escritora.

Solano Trindade foi poeta, folclorista, pintor, ator, dramaturgo, cineasta e militante do movimento negro. Nasceu em Recife (PE) e estudou no Colégio Agnes Americano, onde cursou teatro. Cresceu em meio às danças e às músicas folclóricas da região. Em 1934, idealizou e realizou o I Congresso Afro-Brasileiro, em Salvador (BA). No ano seguinte, casou-se com Margarida Trindade, com quem teve quatro filhos. Mudou-se para a cidade do Rio de Janeiro, na década de 1940, e, em seguida, para São Paulo, onde passou a conviver com vários artistas e intelectuais. Em 1936, estreou na literatura com a publicação de Poemas negros. Em 1944, Solano publicou seu segundo livro, Poemas d’uma vida simples. Amante devotado das formas populares de representação, “o poeta negro”, como era chamado, fundou, em Caxias, na Baixada Fluminense, ao lado da esposa, Margarida Trindade, e do sociólogo Edison Carneiro, o Teatro Popular Brasileiro (TPB). Ainda na década de 1950, os espetáculos de canto e dança apresentados pelo TPB foram levados a vários países da Europa. Solano lançou, ainda, em vida, dois livros de poemas: Seis tempos de poesia (1958) e Cantares ao meu povo (1961). A partir dos anos 1960, o poeta passou a residir em Embu, nas cercanias de São Paulo. Nessa cidade, promoveu uma grande movimentação artística e cultural, atraindo o público da capital e estimulando o desenvolvimento da pintura e do artesanato locais. A pequena Embu transformou-se, mais tarde, em Embu das Artes, virando, assim, uma atração turística. Doente e cansado, Solano Trindade deixou Embu para residir em São Paulo. Terminou seus dias pobre e esquecido, numa clínica do Rio de Janeiro, onde faleceu, em 1974, vítima de pneumonia. Atualmente, a obra de Solano Trindade vem sendo reeditada pela editora Nova Alexandria.

O evento contará com as participações dos pesquisadores e professores universitários Ary Pimentel (UFRJ), responsável pela edição do livro Clíris: poemas recolhidos; Zilá Bernd (UFRGS), docente com experiência internacional, especializada em Literatura Afro-Brasileira, e Amanda Crispim Ferreira (UTFPR), autora do livro A poesia de Carolina Maria de Jesus: um estudo de seu projeto estético (2022). No sarau também estarão presentes o escritor, crítico e poeta Oswaldo de Camargo, autor da obra Solano Trindade, poeta do povo – Aproximações (2009), além da professora Vera Eunice de Jesus, filha da escritora Carolina Maria de Jesus. Participará, ainda, o militante negro, produtor cultural e locutor radiofônico Liberto Solano Trindade, filho do autor de tem gente com fome e outros poemas.

O Sarau terá a mediação de Ricardo Vieira Lima, poeta, crítico literário, Doutor em Literatura Brasileira pela UFRJ e Editor-Assistente da revista Fórum de Literatura Brasileira Contemporânea (UFRJ), e de W. B. Lemos, Doutor em Literatura Comparada (UERJ) e integrante do corpo de instrutores da Escola de Administração Judiciária (ESAJ), ambos Coordenadores do Sarau do Museu. Na segunda parte do encontro, o microfone será aberto para a participação do público. Além de conversar com os convidados, a audiência poderá ler poemas dos homenageados, bem como os de sua própria autoria, desde que, preferencialmente, dialoguem com a obra e/ou os temas da poesia de Carolina Maria de Jesus e Solano Trindade.

O Sarau do Museu prossegue com o objetivo de resgatar a história e atualizar a forma das tradicionais reuniões literárias e musicais cariocas, tão ao gosto da Belle Époque e do Rio antigo, em que os apreciadores da poesia e da música se reuniam para dizer e ouvir poemas e canções de sua preferência.

O evento conta com o apoio das Equipes de Produção e do Educativo do Museu da Justiça.

26 de julho, quarta-feira, às 17h
O acesso à sala estará disponível a partir das 16h 55min, no dia do evento
Pedimos aos participantes que entrem na sala virtual com os microfones e câmeras desligados
Para participar clique neste link no dia do evento
Informações: museu.agendacultural@tjrj.jus.br
Classificação indicativa: a partir de 14 anos
Participação franca

Imagem do Des. Walter Felippe D’Agostino.

História Oral
Entrevistado: Des. Walter Felippe D’Agostino

Nascido em 24 de dezembro de 1935, na cidade de Petrópolis, no Estado do Rio de Janeiro, formou-se em Direito pela Universidade Católica de Petrópolis. Trabalhou no Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores do Estado (IPASE), de 02/06/1958 a 13/01/1963, e foi procurador da Secretaria de Finanças do antigo Estado do Rio de Janeiro, de 14/01/1963 a 24/01/1974. Ingressou na magistratura fluminense em 1974, atuando em diversos municípios. Atuou no Tribunal de Alçada Cível, foi juiz eleitoral e, como desembargador, integrou o Conselho da Magistratura e o Centro de Estudos e Debates (CEDES). Faleceu em 27 de dezembro de 2021.

Na entrevista, o Des. Walter D’Agostino discorre sobre sua carreira, a Justiça Eleitoral, além de fatos relevantes durante o período vivido na magistratura.

O Programa de História Oral do Poder Judiciário nasceu de um projeto criado em 1998, pelo desembargador Luiz César de Aguiar Bittencourt Silva (1925-2011), que compunha o Colegiado Dirigente do Museu da Justiça. O objetivo do Programa, ao longo de 25 anos, é resgatar, preservar e divulgar a história recente do Poder Judiciário por meio do testemunho de seus próprios agentes. Atualmente, o programa é coordenado pelo desembargador Ronald dos Santos Valladares, membro da Comissão de Preservação da Memória Judiciária. Os sumários dos depoimentos são disponibilizados aos públicos interno e externos na página do Museu da Justiça, no portal do TJRJ e a íntegra (transcrita ou em formato audiovisual) é acessada por meio de solicitação ao SEATA, através do endereço eletrônico museu.seata@tjrj.jus.br.

Estreia 31 de julho, domingo
Clique neste link para acessar o canal do TJRJ no Youtube
Classificação indicativa: livre

Pintura de William Shakespeare.

Do Direito à Literatura

Clube Leituras no Museu

“É apenas seguir o pensamento com naturalidade.”
Ato V, Cena I, de Hamlet: Príncipe da Dinamarca (1601), de William Shakespeare.

No próximo encontro do Leituras no Museu, dia 31 de julho, às 17h, em celebração ao Dia Mundial da Liberdade de Pensamento, comemorado em 14 de Julho, conversaremos sobre uma das mais encenadas e analisadas peças de todos os tempos do teatro ocidental/mundial: Hamlet: Príncipe da Dinamarca (1601), do dramaturgo e poeta inglês William Shakespeare (1564-1616), que, em sua arte, alçou a livre reflexão sobre a condição humana às mais elevadas alturas e abissais profundidades.

Em Hamlet, tem-se por excelência o mais amplo teatro do mundo: o drama da (auto)consciência do ser humano; o metateatro, o teatro como tema fundamental do próprio teatro; a tragédia de vingança; a peça política, a peça filosófica, etc. Para além disso, e por isso mesmo, ao motivar o exercício infinito de interpretação reatualizadora das questões nela tratadas, a obra-prima de Shakespeare atravessou séculos, tornando-se contemporânea de muitos tempos, em múltiplas (re)leituras, que tematizaremos.

O encontro do Leituras no Museu dispõe do apoio das equipe de Produção e do Educativo do Museu da Justiça e da mediação do poeta W. B. Lemos, Doutor em Literatura Comparada pela UERJ, Mestre em Literatura Brasileira pela mesma instituição e integrante do corpo de instrutores da Escola de Administração Judiciária (ESAJ).

31 de julho, segunda-feira, às 17h
O acesso à sala estará disponível a partir das 16h 55min, no dia do evento
Pedimos aos participantes que entrem na sala virtual com os microfones e câmeras desligados
Para participar clique neste link no dia do evento
Informações: museu.agendacultural@tjrj.jus.br
Classificação indicativa: a partir de 14 anos
Participação franca

Imagem autorretrato de Van Gogh feito com material reciclado.

Exposição
Arte + Sustentabilidade
Marcos Lanzieiro

O Museu da Justiça inaugura no dia 25 a exposição Arte + Sustentabilidade do artista Marcos Lanzieiro, em parceria com o Secretaria Geral de Sustentabilidade e Responsabilidade Social - SGSUS através do Departamento de Sustentabilidade – DESUS.

Marcos Lanzieiro é um artista e arte-educador carioca que há mais de 20 anos vem desenvolvendo um trabalho inspirador no campo da arte-educação e da sustentabilidade. Sua trajetória é marcada por uma profunda dedicação em unir a arte e a educação como ferramentas de transformação social, e por sua atuação em projetos que têm como objetivo a promoção de práticas mais sustentáveis e conscientes.

A exposição Arte + Sustentabilidade é uma mostra constituída por incríveis obras de arte elaboradas e produzidas pelo artista Marcos Lanzieiro e pelo Coletivo Artístico por ele criado junto a seus alunos do Colégio São Paulo RJ, com a utilização exclusiva de materiais provenientes de processos de reciclagem, o que insere sua produção artística em um Programa de Educação Ambiental, visando à transformação para uma nova consciência em relação ao meio ambiente, através de uma mudança comportamental.

O inusitado e surpreendente é uma constante nesta exposição ao se conferir de perto o resultado artístico das obras de Marcos Lanzieiro, obtido por meio do reaproveitamento de materiais como tampinhas plásticas, cápsulas de café, sobras de tecidos, sobras de e.v.a. papel de revistas, embalagens cartonadas, vinil, lacres de alumínio e muitos outros resíduos captados por seu Coletivo ou enviados por parceria com a TerraCycle Br. A temática presente em suas obras é diversificada e navega sobre questões vinculadas à História da Arte por meio de releituras de grandes mestres e trabalhos de livre criação, bem como por demandas de cunho pedagógicos, homenagens e questões de relevância social e ambiental.

Museu da Justiça do Rio de Janeiro
Segunda a sexta-feira, das 11h às 17h
Rua Dom Manuel, 29, Centro, Rio de Janeiro
Entrada franca
Classificação indicativa: livre

Fotografia da fachada do Museu da Justiça refletida na fachada espelhada do prédio da Lâmina III

Exposição
Tribunais do Rio de Janeiro – 270 anos

O Museu da Justiça, em comemoração ao marco de 270 anos da atuação do Poder Judiciário no estado do Rio de Janeiro, promove a exposição “Tribunais do Rio de Janeiro – 270 anos”. Com auxílio dos bens culturais preservados no Museu da Justiça, a exposição se propõe a rememorar os órgãos que compunham a administração da justiça desde o início da colonização, com destaque para os diferentes tribunais que desempenharam a jurisdição no território que corresponde ao atual Estado do Rio de Janeiro e sua interação com a história social brasileira. Dentre o acervo histórico exposto estão objetos de trabalho, móveis, fotografias, livros de registros e documentos decorrentes da atividade judicial, no qual destacam-se autos processuais com mais de 3 séculos.

O objetivo da exposição é evidenciar o papel do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro não só como órgão de pacificação social, enquanto solucionador de conflitos, mas também sua atuação como promotor de cultura e cidadania, mediante a preservação e difusão do patrimônio histórico e da memória institucional.

Clique aqui para acessar a página da Exposição.

Museu da Justiça de Niterói
Segunda a sexta-feira, das 11h às 17h
Praça da República s/nº, Centro, Niterói
Entrada franca
Classificação indicativa: livre

Fotografia de uma restauradora trabalhando na restauração do quadro do desembargador Antônio Soares de Pinto Junior

Exposição
Mostra de Quadros Restaurados

Dando início às atividades do biênio 2023/2024, sob a gestão do des. Ricardo Rodrigues Cardozo, Presidente do TJRJ, o Museu da Justiça inaugura a “Mostra de Quadros Restaurados”, com obras restauradas dos artistas Augusto Bracet (1881 - 1960) e Auguste Petit (1844 - 1927), que retratam personalidades do direito fluminense que atuaram entre os anos 1919 e 1933.

Os acervos selecionados, que fazem parte da coleção do Museu da Justiça, apresentavam ressecamento, craquelamentos, rasgos e abrasões. As molduras em madeira estavam com os douramentos oxidados, sujidades, continham fraturas e perda de ornatos. Restauradas sob a supervisão do Serviço de Acervo Museológico e Iconográfico. As pinturas expostas são retratos de desembargadores que presidiram o Tribunal da Relação do Estado do Rio de Janeiro, sediado no antigo Palácio da Justiça de Niterói e compõem a história dos 270 anos dos Tribunais de Justiça do Rio de Janeiro, exposição aberta à visitação na Sala da Memória Iconográfica.

A partir de 1 de março
Museu da Justiça
Segunda a sexta-feira, das 11h às 17h
Rua Dom Manuel, 29, Centro, Rio de Janeiro
Entrada franca
Classificação indicativa: livre

Fotografia em preto e branco de uma chave antiga sobre a palme de uma mão

Exposição
Revelando Niterói

O Museu da Justiça reinaugura, em sua sede de Niterói, a exposição Revelando Niterói. A exposição se propõe a tornar evidente o cotidiano da cidade, mostrando espaços e ambientes que hoje fazem parte da paisagem urbana, sob o olhar do fotógrafo Miguel Regazoni. As fotografias possibilitam o enfoque no mais inusitado do corriqueiro, o surpreendente detalhe do cotidiano, ou até mesmas certas manifestações do invisível, à espera de atenção, nas calçadas das nossas ruas.

Museu da Justiça de Niterói
De segunda a sexta-feira, das 11 às 17h
Praça da República S/Nº - Centro, Niterói
Entrada franca
Classificação indicativa: livre

Fotografia de um grupo partipando da visita mediada Da Pedra ao Palácio.

Visita Mediada ao Antigo Palácio da Justiça

Conduzida por educadores, a visita apresenta à população – de forma lúdica, dinâmica e interativa – a arquitetura, a história e as funções do antigo Palácio da Justiça do Rio de Janeiro. Por meio da análise de símbolos que se referem à memória do judiciário, os participantes são convidados a dialogar e interagir com os elementos artísticos. No percurso aos diversos salões e tribunais históricos, os visitantes têm a chance de participar de um julgamento teatralizado no Salão Histórico do I Tribunal do Júri e conhecer como se dá o funcionamento de um júri.

Clique neste link para acessar saber mais sobre o Educativo do Museu da Justiça.

Recomendada para turmas de ensino fundamental, ensino médio, faculdades, ONGs e outros grupos.
Número de visitantes: 25 a 30 pessoas
Duração: 90 minutos
Agendamento de grupos e escolas: 3133-2721 ou e-mail museu.educativo@tjrj.jus.br
Participação franca
Classificação indicativa: a partir de 12 anos

Imagens dos cartazes das exposições Arte, Educação e Sustentabilidade; Mostra o Escultor da Justiça: Um Olhar artístico sobre Deocleciano; Centenário do Antigo Palácio da Justiça de Niterói; e Mostra de Documentos Judiciais: Café, Riqueza e Escravidão: A insurreição de Manoel Congo, sobre um fundo azul.

Exposição
Exposições virtuais do Museu da Justiça

As exposições promovidas pelo Museu da Justiça são concebidas a partir de pesquisas desenvolvidas pelas suas equipes, do acervo sob sua guarda ou por artistas diversos, e têm por objetivo estimular a reflexão acerca de temas relacionados a justiça, direitos, cidadania e os desafios da sociedade contemporânea. Além de exposições presenciais, disponibilizamos em nosso portal diversas exposições que podem ser acessadas de onde você estiver.

Para visitar as exposições virtuais e saber mais sobre as exposições presenciais, acesse: Clique aqui para acessar a página de Exposições

Classificação indicativa: livre