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Museu de Justiça com Você
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Objetos que contam histórias
Os vitrais do Palácio
Uma imagem diz mais do que mil palavras. Um objeto mais do que isto, conta histórias. Com este propósito, o segundo vídeo da série “Objetos que Contam Histórias” apresenta os vitrais do Antigo Palácio da Justiça do Rio de janeiro. Estes vitrais feitos à moda italiana mostram referências a cultura clássica e a lembrança de datas importantes do direito brasileiro. Com isto temos uma mostra do que é possível ver presencialmente no Museu da Justiça do Estado do Rio de Janeiro.
Classificação indicativa: Livre
Do Direito à Literatura
Sarau do Museu – Miró, poeta da ágora
“o mundo não tem jeito/ Deus foi brincar de se esconder/ ficou atrás do poste esperando que o/ homem se iluminasse// e tome bomba atômica/ e tome gente catando comida no lixo/ e tome tortura das ditaduras/ e tome tanque de guerra num homem/ sozinho de braços abertos/ nas ruas da China/ e tome propina pra simplesmente asfaltar/ as ruas que não são asfaltadas, fora os/ assaltos que até esse Deus perdeu a conta// o mundo não tem jeito/ Deus foi brincar de rodar o pião/ e assim/ não caminha a humanidade.”
“Não sei se”, poema do livro Miró até agora (2022), 2ª ed., 7ª reimpressão, de Miró.
A homenagem contará com a participação do escritor, professor e editor Wellington de Melo. O convidado publicou, entre outros livros,.Estrangeiro no labirinto (2014), semifinalista do Prêmio Portugal Telecom de Literatura. Wellington é Mestre em Teoria Literária pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e curador da obra de Miró da Muribeca, nome pelo qual o poeta também é conhecido, em razão de ter morado muitos anos no bairro da Muribeca, que fica no município da Jaboatão dos Guararapes, na Grande Recife. Atualmente, Wellington escreve a biografia de Miró, a ser publicada pela Cepe Editora.
No encontro, também estará presente o pesquisador Ary Pimentel, professor de Literaturas Hispano-americanas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Doutor e Mestre em Ciência da Literatura por essa mesma instituição, e responsável pela organização de uma antologia da poesia de Miró, a ser publicada ainda em 2022.
O Sarau terá ainda a presença de Nelson Maca, poeta paranaense radicado na Bahia, militante do movimento negro e professor de Literatura Brasileira. O convidado é articulador do coletivo Blackitude, que assina o Sarau Bem Black e o Slam Lonan. Maca publicou quatro livros de poesia e prosa. Circula com as seguintes performances: Na Rota da Rima (solo); Tamborismo (em dupla com o mestre percussionista Jorjão Bafafé); CandomBlackesia, com o Afro-Power-Trio; Funkesia, com o funkeiro carioca Mano Teko. Além disso, o poeta produz, entre outros, o evento Balada Literária da Bahia e Encontro de Literatura Divergente em São Paulo. Foi amigo e parceiro em eventos de performance do poeta pernambucano, de quem continua fã incondicional.
O Sarau contará com a mediação de Ricardo Vieira Lima, poeta, crítico literário, doutor em Literatura Brasileira pela UFRJ e editor-assistente da revista Fórum de Literatura Brasileira Contemporânea (UFRJ), e de W. B. Lemos, doutor em Literatura Comparada (UERJ) e integrante do corpo de instrutores da Escola de Administração Judiciária (ESAJ), ambos Coordenadores do Sarau do Museu.
Classificação indicativa: Livre
Humanitas – Ciclos de Palestras, Debates e Diálogos
Inventário de um Fazimento: memórias e peles de Darcy
“Calculo que o Brasil, no seu fazimento, gastou cerca de 12 milhões de negros, desgastados como a principal força de trabalho de tudo o que se produziu aqui e de tudo que aqui se edificou.”
O povo brasileiro (1995), de Darcy Ribeiro.
Em sua 16ª Edição, realizada em 14 de dezembro de 2022, intitulada Inventário de um Fazimento: memórias e peles de Darcy, em comemoração ao centenário de nascimento do antropólogo, educador, indigenista, romancista e político Darcy Ribeiro, o Humanitas contou com a presença da professora e pesquisadora Lia Faria que, em palestra, apresentou os estudos produzidos sobre Darcy Ribeiro, durante a última década, nos projetos de pesquisa conduzidos no Laboratório Educação e República (LER/PROPEd/UERJ), buscando identificar as influências e relações intelectuais que perpassam a trajetória darcyniana. A obra do antropólogo será analisada em suas relações com outros pensadores, assim como sua atuação política e o seu pensamento educacional, de modo a desvelar os principais marcos históricos da trajetória do autor de Utopia selvagem.
Professora Titular aposentada da Faculdade de Educação da UERJ e professora associada ao Programa de Pós-Graduação em Educação PROPEd/UERJ, Lia Ciomar Macedo de Faria é Mestra e Doutora em Educação, com pós-doutorado em Educação pela Universidade de Lisboa e em Ciência Política pelo IUPERJ. Também é graduada em História e Jornalismo. Coordena o Laboratório Educação e República (LER). É autora dos livros Chaguismo e brizolismo (1969), Ideologia e utopia nos anos 60: um olhar feminino (1997) e CIEP: a utopia possível (1991).
Darcy Ribeiro construiu uma brilhante carreira intelectual, de projeção internacional, notadamente nos campos da antropologia, etnologia e educação. Além de ter sido um estudioso do modo de vida dos povos indígenas, defendeu-os arduamente. De sua vasta obra, destacam¬-se As Américas e a civilização (1969) e O povo brasileiro (1995), fruto de 30 anos de escrita e reformulações.
Classificação indicativa: Livre
Do Direito à Literatura
Sarau do Museu – Secchin: 70 anos de uma vida em Letras
“O poema vai nascendo/ num passo que desafia:/ numa hora eu já o levo,/ outra vez ele me guia.// O poema vai nascendo, / mas seu corpo é prematuro,/ letra lenta que incendeia/ com a carícia de um murro.// O poema vai nascendo/ sem mão ou mãe que o sustente,/ e perverso me contradiz/ insuportavelmente. // Jorro que engole e segura/ o pedaço duro do grito,/ o poema vai nascendo,/ pombo de pluma e granito."
“Biografia”, do livro Desdizer (2017), de Antonio Carlos Secchin.
Nesta 28ª edição, realizada em 16 de dezembro de 2022, foi celebrado os 70 anos do poeta, crítico, ensaísta, ficcionista, membro da Academia Brasileira de Letras (ABL) e Professor Emérito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Antonio Carlos Secchin, autor de, entre outras obras, Desdizer e antes (2017, poesia reunida), e Percursos da poesia brasileira: do século 18 ao 21 (2018, Prêmio APCA de melhor livro de ensaios), além do recém-lançado Ana à esquerda & outros movimentos (2022, ficção reunida e inéditos).
O encontro contou com as participações do homenageado e de Flávia Amparo, Doutora em Literatura Brasileira pela UFRJ, Professora Titular do Colégio Pedro II (CPII) e Professora Associada de Literatura Brasileira na Universidade Federal Fluminense (UFF). A convidada publicou livros na área de Criatividade e Interdisciplinaridade; na Coleção Melhores Crônicas, da Global Editora, o volume Josué Montello (2009), e, na Série Essencial, da ABL, os volumes Mario de Alencar (2010) e Luiz Murat (2013). No encontro também esteve presente o crítico literário, poeta, ensaísta e jornalista Ricardo Vieira Lima. Doutor em Literatura Brasileira pela UFRJ, Editor-Assistente da revista Fórum de Literatura Brasileira Contemporânea (UFRJ) e autor do livro Aríete – poemas escolhidos (2021, Prêmio Jorge Fernandes, da União Brasileira de Escritores – Seção Rio de Janeiro, e Prêmio Ivan Junqueira, da Academia Carioca de Letras), Ricardo, que também é coordenador do Sarau do Museu, nesta edição atuante apenas como crítico literário, falando sobre a poética secchiniana. A mediação do evento foi de W. B. Lemos, Doutor em Literatura Comparada (UERJ), integrante do Corpo de Instrutores da Escola de Administração Judiciária (ESAJ) e também coordenador do Sarau do Museu.
Classificação indicativa: a partir de 14 anos
Do Direito à Literatura
Sarau do Museu – Miró, poeta da ágora
“o mundo não tem jeito/ Deus foi brincar de se esconder/ ficou atrás do poste esperando que o/ homem se iluminasse// e tome bomba atômica/ e tome gente catando comida no lixo/ e tome tortura das ditaduras/ e tome tanque de guerra num homem/ sozinho de braços abertos/ nas ruas da China/ e tome propina pra simplesmente asfaltar/ as ruas que não são asfaltadas, fora os/ assaltos que até esse Deus perdeu a conta// o mundo não tem jeito/ Deus foi brincar de rodar o pião/ e assim/ não caminha a humanidade.”
“Não sei se”, poema do livro Miró até agora (2022), 2ª ed., 7ª reimpressão, de Miró.
Nesta edição, realizada em 18 de novembro de 2022, foi celebrada a poesia do saudoso poeta pernambucano João Flávio Cordeiro da Silva, Miró, falecido aos 61 anos, em junho do mesmo ano. Considerado uma das vozes inventivas da poesia independente brasileira, Miró publicou, com a colaboração de amigos, entre outros, os livros: “Quem descobriu o azul anil?” (1985); “Ilusão de ética” (1995); “Flagrante deleito” (1998) e “aDeus” (2015). A poesia de Miró já foi traduzida para o francês e para o espanhol. A homenagem contou com a participação do escritor, professor e editor Wellington de Melo. O convidado publicou, entre outros livros, “Estrangeiro no labirinto” (2014), semifinalista do Prêmio Portugal Telecom de Literatura. Wellington é Mestre em Teoria Literária pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e curador da obra de Miró da Muribeca, nome pelo qual o poeta também é conhecido, em razão de ter morado muitos anos no bairro da Muribeca, que fica no município da Jaboatão dos Guararapes, na Grande Recife. Atualmente, Wellington escreve a biografia de Miró, a ser publicada pela Cepe Editora.
No encontro, também esteve presente o pesquisador Ary Pimentel, professor de Literaturas Hispano-americanas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Doutor e Mestre em Ciência da Literatura por essa mesma instituição, e responsável pela organização de uma antologia da poesia de Miró, a ser publicada ainda em 2022.
O Sarau teve ainda a presença de Nelson Maca, poeta paranaense radicado na Bahia, militante do movimento negro e professor de Literatura Brasileira. O convidado é articulador do coletivo Blackitude, que assina o Sarau Bem Black e o Slam Lonan. Maca publicou quatro livros de poesia e prosa. Circula com as seguintes performances: Na Rota da Rima (solo); Tamborismo (em dupla com o mestre percussionista Jorjão Bafafé); CandomBlackesia, com o Afro-Power-Trio; Funkesia, com o funkeiro carioca Mano Teko. Além disso, o poeta produz, entre outros, o evento Balada Literária da Bahia e Encontro de Literatura Divergente em São Paulo. Foi amigo e parceiro em eventos de performance do poeta pernambucano, de quem continua fã incondicional.
Classificação indicativa: a partir de 14 anos
Humanitas – Ciclos de Palestras, Debates e Diálogos
Modernismo e Mestiçagem: Mário de Andrade e Aleijadinho
“A fantasia redentora conforta os teóricos preocupados em encontrar para as culturas americanas valores identitários capazes de fazê-las encarar em pé de igualdade culturas europeias milenares.”
Aleijadinho e o aeroplano (2008), de Guiomar de Grammont.
Em sua 14ª Edição, realizada em 23 de novembro de 2022, o Humanitas recebe a presença da escritora, professora e pesquisadora Guiomar de Grammont, que, ainda em referência ao centenário da Semana de 22, promove uma reflexão sobre como o Modernismo construiu sua ideia de antropofagia, a partir do conceito de mestiçagem, e acerca do modo como Mário de Andrade revalorizou a figura de Aleijadinho, por exemplo, reconstruindo-o como um personagem macunaímico, ainda que o escritor parecesse ocultar sua própria origem mestiça.
Professora da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) e curadora de eventos literários, Guiomar de Grammont é Doutora em Literatura Brasileira pela Universidade de São Paulo (USP), tendo publicado, entre outros, a pesquisa histórica Aleijadinho e o aeroplano (2008); os volumes de contos Sudário (2006) e O fruto do vosso ventre (1994, Prêmio Casa de Las Américas), além do romance Palavras cruzadas (2015, Prêmio Nacional de Narrativa do Pen-Clube). Por meio de uma escrita polifônica, a obra aborda o impacto de tragédias ambientais, como a de Mariana, e o desaparecimento de presos políticos. Guiomar de Grammont foi, ainda, editora executiva da Record (entre 2012 e 2013) e curadora da homenagem ao Brasil no Salão do Livro de Paris (2015). De 2015 a 2019, foi curadora da FLINKSAMPA, festa da literatura negra de São Paulo. Criou e coordena, desde 2005, o Fórum das Letras de Ouro Preto.
Classificação indicativa: a partir de 14 anos
Do Direito à Literatura
Clube Leituras no Palácio Convida: Ricardo Vieira Lima
“Escrevo para as paredes./ O ar puro me asfixia. / Escrevo todas as vezes/ que um desejo se anuncia.// Escrevo contra as paredes/ que transponho em agonia./ Escrevo sempre isolado,/ sem nenhuma companhia.// Escrevo sob as paredes/ que me cercam, todavia,/ em casa ou no trabalho./ E sem carta de alforria,// escrevo sobre as paredes./ Escrevo à noite ou de dia./ Com ânsia de condenado,/ na sua hora tardia.// Escrevo todos os meses/ e não vejo outra saída./ Escrevo para as paredes:/ não posso escrever pra vida."
“Aríete”, poema do livro Aríete – poemas escolhidos (2021), de Ricardo Vieira Lima.
O encontro do Leituras no Palácio Convida, realizado em 21 de novembro de 2022, contou com a presença do premiado escritor, poeta e crítico literário Ricardo Vieira Lima, autor de “Aríete – poemas escolhidos” (1990-2020). O convidado em questão, além de ensaísta, editor, antologista e jornalista, é Doutor em Literatura Brasileira pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e também servidor do TJRJ. Organizou e prefaciou os livros: “Anos 80, da coleção Roteiro da Poesia Brasileira” (2010), e “Poesia completa, de Ivan Junqueira” (2019). Seu livro “Aríete – poemas escolhidos” ganhou os Prêmios Ivan Junqueira, da Academia Carioca de Letras, e Jorge Fernandes, da União Brasileira de Escritores - RJ.
Classificação indicativa: a partir de 14 anos
Do Direito à Literatura
Sarau do Museu – Claudia Roquette-Pinto: Alma Corsária
“(...) Na terra amontoam-se cadáveres./ Na tela, imbecis desdenham o fim/ de vidas suprimidas aos milhares/ – chacinas com requintes de festim.// Projeto de uma estirpe embrutecida/ que, ávida, opõe lucro ao viver./ Depois de assassinar, voltam pra casa// tranquilos, pra comer o seu patê./ Proteja a luz e a minha pobre rima/ ao povo que essa gente subestima.”
“Prece de quarentena”, poema do livro Alma corsária (2022), de Claudia Roquette-Pinto.
Em sua 26ª edição, realizada em 17 de outubro de 2022, o Sarau do Museu celebrou a poeta Claudia Roquette-Pinto e seu novo livro de poemas, “Alma corsária” (2022), lançado recentemente, depois de mais de 15 anos de silêncio poético. Também participou, falando sobre a obra da poeta homenageada, Moisés Alves, doutor em Teoria Literária pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e professor de Teoria Literária nos cursos de Letras da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS). O Sarau contou com a mediação de Ricardo Vieira Lima, poeta, crítico literário, doutor em Literatura Brasileira pela UFRJ e de W. B. Lemos, doutor em Literatura Comparada (UERJ).
Classificação indicativa: a partir de 14 anos
Do Direito à Literatura
Sarau do Museu – Tanussi Cardoso e Carmen Moreno: Poesia, Atemporal Fraternidade
"Um poeta é preso/ e sua poesia queimada/ e seus dentes quebrados/ e sua língua cortada/ pelo bem do país.// (Os outros poetas/ bebem cerveja/ e promovem debates/ sobre os rumos da Poesia.)". "Mão de obra", poema do livro Beco com saídas (1991), de Tanussi Cardoso.
"não beijei aquela mulher:/ o beijo, cansado de ensaiar/ o sonho secular,/ o beijo sobre a língua, pedra/ podre de querer ser/ saliva e húmus/ ímã e amanhã". "Desejo", poema do livro Sobre o amor & outras traições (2021), de Carmen Moreno.
Nesta edição, realizada em 23 de setembro de 2022, foi celebrada e debatida a obra do poeta, contista, crítico literário, letrista, tradutor e jornalista Tanussi Cardoso (também servidor do TJRJ aposentado), e de sua irmã, a poeta, contista e romancista Carmen Moreno. Tanussi Cardoso é graduado em Direito e Jornalismo. Sua poesia está publicada em mais de 10 países, tendo sido traduzida para o inglês, francês, espanhol, italiano, russo, esperanto e romeno. Vencedor de mais de 40 prêmios literários, nacionais e internacionais, com participações em dezenas de antologias, nacionais e estrangeiras. Carmen Moreno é bacharel em Artes Cênicas e licenciada em Educação Artística pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Lecionou, até a aposentadoria, na área de sua formação. Membro Titular do PEN Clube do Brasil, publicou oito livros, dentre eles: “Diário de luas” (romance, 1995), finalista da 5ª Bienal Nestlé de Literatura Brasileira e “A erosão de Eros” (dramaturgia, 1996), Menção Honrosa no Concurso Literário Stanislaw Ponte Preta. Também participou do Sarau, abordando criticamente a poesia de Tanussi Cardoso, Ricardo Alfaya, poeta, articulista, ensaísta, cronista e contista, e Luiz Otávio Oliani, professor e escritor, que falou sobre a poesia de Carmen Moreno.
Classificação indicativa: a partir de 14 anos
Do Direito à Literatura
Clube Leituras no Palácio – Convida: André Gardel
“As palavras do escritor Euclides da Cunha, ao chegar à foz do rio Amazonas, em 1904, ecoam em minha mente: '(...) vi a gestação de um mundo... lembrava (...) uma página inédita e contemporânea do Gênesis.’ (...).”
A viagem de Ulisses pelo rio Amazonas (2021), de André Gardel.
No encontro realizado no dia 5 de setembro de 2022, o Leituras no Palácio Convida, conversou com André Gardel, autor do romance “A viagem de Ulisses pelo rio Amazonas” (2021). Além de escritor, Gardel é compositor de música popular e Professor Associado III de Letras e Artes Cênicas da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). André também é autor de livros de ensaios, contos, poemas e obras didáticas, totalizando 12 títulos publicados. Lançou os “CDs Sons do poema” (1997), “Voo da cidade” (2008), “Lua sobre o rio” (2014) e “Na palavra” (2019). Ainda em 2022, o autor lançará seu quinto CD e também o livro teórico Poética pajé: vigilância onírica, caosmos e performagia. Como parte dos eventos de discussão do centenário da publicação do romance “Ulisses”, de James Joyce, André Gardel falará sobre os vínculos, em sua escrita, entre a mitologia grega e a ameríndia.
Classificação indicativa: a partir de 14 anos
Biblioteca virtual do Museu da Justiça
EXPO
Exposições virtuais do Museu da Justiça
As exposições promovidas pelo Museu da Justiça são concebidas a partir de pesquisas desenvolvidas pelas suas equipes, do acervo sob sua guarda ou por artistas diversos, e têm por objetivo estimular a reflexão acerca de temas relacionados a justiça, direitos, cidadania e os desafios da sociedade contemporânea. Além de exposições presenciais, disponibilizamos em nosso portal diversas exposições que podem ser acessadas de onde você estiver.
Para visitar as exposições virtuais e saber mais sobre as exposições presenciais, acesse: /web/museu/exposicoes-do-ccmj
Classificação indicativa: livre
Programa de História Oral do Poder Judiciário
O Programa de História Oral do Poder Judiciário nasceu de um projeto criado em 1998, pelo desembargador Luiz César de Aguiar Bittencourt Silva (1925-2011), que compunha o Colegiado Dirigente do Museu da Justiça. O objetivo do Programa, ao longo de 24 anos, é o de resgatar, preservar e divulgar a História recente do Poder Judiciário através do testemunho de seus próprios agentes. Atualmente o programa é coordenado pelo desembargador Ronald dos Santos Valadares, membro da Comissão de Preservação da Memória Judiciária. Os sumários dos depoimentos são disponibilizados aos públicos interno e externos na página do Museu da Justiça, no portal do TJRJ, e a íntegra (transcrita ou em formato audiovisual) é acessada por meio de solicitação ao SEATA através do correio eletrônico ccmj.seata@tjrj.jus.br.
Desembargador Fernando Marques de Campos Cabral
Nascido em 15 de dezembro de 1953. Formado em Direito pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), em 1977. Em sua entrevista, o Des. Fernando Marques de Campos Cabral discorre sobre o interesse pelo Direito; o período de 1979 a 1984, no qual foi promotor de justiça do Estado do Rio de Janeiro; o ingresso na Magistratura fluminense, ocorrido em 1984 e onde permaneceu até 2008, quando se aposentou no cargo de desembargador; e, entre outros assuntos, a participação no processo de garantia da independência e autonomia do Poder Judiciário na Constituição de 1988.
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Desembargador Sérgio Cavalieri Filho
Sérgio Cavalieri Filho nasceu em 23 de novembro de 1939, em Cuiabá, estado de Mato Grosso. Em 1967, graduou-se pela Faculdade Nacional de Direito, ingressando na magistratura do antigo Estado do Rio de Janeiro em 1972, por concurso público. Também atuou como juiz de direito nos estados da Guanabara e no atual Rio de Janeiro, após a fusão. Em 1986 tornou-se juiz do Tribunal de Alçada Cível e Presidente desta corte em 1993, mesmo ano em que foi promovido a desembargador do Tribunal de Justiça, que veio a presidir no biênio 2005-2006. Em sua longa trajetória, exerceu também o magistério, lecionando na Universidade Estácio de Sá e na Escola de Magistratura do Rio de Janeiro. Aposentou-se em 2009 e em 2011 tornou-se procurador-geral do Tribunal de Contas do Estado. Nesta segunda entrevista concedida ao Programa de História Oral, o magistrado aborda, mais especificamente, os bastidores dos processos de implementação dos Juizados Especiais e da informatização do Poder Judiciário.
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Desembargador Dilson Gomes Navarro Dias
Nascido em 19 de fevereiro de 1930, na cidade de Campos dos Goytacazes, Rio de Janeiro, Dilson Gomes Navarro Dias graduou-se pela Faculdade de Direito de Niterói e foi nomeado, em 1963, juiz substituto da Justiça do antigo Estado da Guanabara. Como juiz de direito, atuou em varas cíveis, criminais e de família, sendo promovido ao cargo de desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro em 1985. Nesta entrevista, o magistrado compartilha fatos que marcaram seus anos de atuação no Judiciário e compartilha sua percepção acerca de importantes episódios históricos, como a ditatura militar e a extinção dos Tribunais de Alçada. Aposentou-se em 2000, aos 70 anos, quando passou a se dedicar à advocacia e à consultoria jurídica de grandes empresas.
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Desembargadora Ana Maria Pereira de Oliveira
Natural da cidade do Rio de Janeiro, Ana Maria Pereira de Oliveira formou-se em Direito pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ e ingressou na magistratura fluminense em 1990. Durante 15 anos atuou como juíza de varas cíveis e de família, sendo promovida a desembargadora em 2005. Foi membro de diversas comissões ao longo da sua carreira e designada presidente da Comissão Estadual dos Juizados Especiais - COJES em 2009. Na entrevista, que teve como tema principal a criação dos Juizados Especiais, a desembargadora também compartilhou os motivos que a levaram a ingressar no Poder Judiciário, além de abordar episódios que marcaram sua trajetória profissional, como sua experiência à frente da Diretoria do Fórum Regional da Capital. Atualmente, a magistrada preside a 26ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro e exerce a vice-presidência do Fórum Permanente dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais da Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro - EMERJ.
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Desembargadora Leila Maria Carrilo Cavalcante Ribeiro Mariano
Nascida em 1º de novembro de 1945, na cidade do Rio de Janeiro, Leila Maria C. C. R. Mariano bacharelou-se em Direito, em 1972, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e iniciou sua carreira na magistratura atuando como juíza de direito do Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro, em 1979. Tornou-se desembargadora do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro em 1998, consagrando-se como a primeira mulher a ser eleita presidente deste tribunal, cargo que ocupou no biênio 2013-2014. Na entrevista, a magistrada comenta como a ditadura militar marcou sua formação em Direito e detalha, ainda, sua participação no movimento de mobilização dos magistrados em defesa da autonomia do Poder Judiciário, durante o período de elaboração da Constituição de 1988. A Desembargadora dedicou-se também ao magistério, lecionando em cursos preparatórios e universidades do estado. Aposentou-se em 2015, aos 70 anos.
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Ministro Evandro Cavalcanti Lins e Silva
Evandro Cavalcanti Lins e Silva nasceu em 18 de janeiro de 1912, na cidade de Parnaíba, no Piauí. Graduou-se pela Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, em 1932 e construiu uma renomada carreira na advocacia. Atuou como Procurador Geral da República, de 1961 a 1963. Ainda em 1963 foi chefe do Gabinete Civil da Presidência da República e ministro das Relações Exteriores, sendo, em seguida, nomeado Ministro do Supremo Tribunal Federal, cargo do qual foi aposentado em janeiro de 1969, com base no Ato Institucional nº 5. Na entrevista, o Ministro relembra momentos que marcaram sua vida profissional como sua relação com o ex-presidente João Goulart. Por seu reconhecido trabalho, foi eleito membro efetivo da Academia Brasileira de Letras e, em 2002, recebeu o Prêmio Nacional de Direitos Humanos e todas as honrarias que haviam sido cassadas pelo regime militar. Faleceu em dezembro de 2002, aos 90 anos.
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Desembargador José Lisboa da Gama Malcher
Nascido em 8 de março de 1933, em Belém do Pará, José Lisboa da Gama Malcher construiu uma longa carreira no Judiciário fluminense, sendo promovido, em 1984, ao cargo de desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, do qual foi presidente no biênio 1995-1996. Na entrevista, o magistrado discorre sobre sua experiência na advocacia e no Ministério Público, antes do ingresso na magistratura. Abordou também e sua contribuição para a criação do Fundo Especial do Tribunal de Justiça, dentre outros pontos. Dedicado também ao magistério, lecionou Direito em diversas Universidades e publicou alguns livros, dos quais destaca-se o "Manual de Direito Processual Brasileiro”. Aposentou-se em fevereiro de 2003.
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Desembargador Ellis Hermydio Figueira
Ellis Hermydio Figueira nasceu em 14 de junho de 1930, em Itaocara, no Estado do Rio de Janeiro. Diplomou-se pela Faculdade de Direito de Niterói, em 1955. Ingressou na carreira do Ministério Público fluminense no ano de 1960. Foi promotor de Justiça em diversas comarcas e ocupou o cargo de procurador dos feitos da Fazenda Pública no antigo Estado do Rio de Janeiro por cerca de uma década. Foi também presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) – Seção RJ. Com a fusão de duas unidades da federação – Rio de Janeiro e Guanabara – foi eleito membro do Conselho Superior do Ministério Público do atual Estado do Rio de Janeiro e, mais tarde, tornou-se subprocurador-geral de Justiça. Desembargador do Tribunal de Justiça fluminense a partir de 1988, veio a ser eleito, por seus pares, corregedor-geral de Justiça para o biênio 1997-1998, e 1º vice-presidente do referido Tribunal para o período 1999-2000. Em sua entrevista, o desembargador aborda os motivos que o levaram à carreira jurídica e diversos outros pontos importantes de sua vida na magistratura. Aposentou-se em 2000 e faleceu em 15 de fevereiro de 2013, aos 82 anos.
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Desembargador Newton Doreste Batista
Newton Doreste Baptista nasceu em 07 de maio de 1924, em São Gonçalo, no antigo Estado do Rio de Janeiro. Em 1951, graduou-se em Direito pela Faculdade de Direito de Niterói, atual Universidade Federal Fluminense, dando início, em 1957, a sua carreira na magistratura. Em entrevista, o desembargador aborda o motivo pelo qual decidiu ser juiz e faz um panorama do Poder Judiciário no antigo Distrito Federal e no Estado da Guanabara; também comenta sobre a transferência da capital federal para Brasília, em 1960, e seu impacto na Justiça local; além de outros momentos marcantes de sua trajetória. Aposentou-se em 7 de maio de 1994.
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Desembargador José Joaquim da Fonseca Passos
José Joaquim da Fonseca Passos nasceu em 24 de agosto de 1919, em Paraíba do Sul, Rio de Janeiro. Em 1943, graduou-se em Direito, dando início, em agosto de 1960, à sua carreira na magistratura, como Juiz Substituto do Estado da Guanabara. Em novembro de 1979, foi promovido, por merecimento, ao cargo de desembargador do Tribunal de Justiça. Em sua entrevista, o Des. compartilha os motivos que o levaram a ser juiz, além de comentar outros assuntos, como seus anos na Justiça Eleitoral, na qual ocupou, dentre outros cargos, a presidência do Tribunal Regional Eleitoral do Estado do Rio de janeiro (1985-1989). Além da magistratura, o desembargador atuou também como professor titular de Ciência Política e se destacou como um dos responsáveis pela idealização do Museu da Justiça do Rio de Janeiro, nos deixando um legado de valorização e preservação da memória judiciária. Aposentou-se em 1989 e faleceu em 2016, aos 97 anos.
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Desembargador Narcizo Arlindo Teixeira Pinto
Nascido na cidade de Niterói e tendo crescido no Rio de Janeiro, o Des. Narcizo Arlindo Teixeira Pinto iniciou os seus estudos jurídicos na Faculdade de Direito da Universidade do Distrito Federal, hoje Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Em sua entrevista, o desembargador discorre sobre a sua trajetória no Poder Judiciário, tendo iniciado como escrevente, aos 18 anos de idade, cargo esse que ocupou durante dezenove anos; e, após, o seu ingresso na magistratura, no qual permaneceu por quase 32 anos, até se aposentar, em 1995. Abordou, também, assuntos como a Justiça Militar, a relação entre o Poder Judiciário e a Mídia, entre outros. Faleceu em 16 de fevereiro de 2014.
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Desembargador Luiz César de Aguiar Bittencourt Silva
Nascido na cidade de Niterói, em 1925, o Des. Luiz César Aguiar Bittencourt Silva iniciou os seus estudos jurídicos na Faculdade de Direito de Niterói, que hoje integra a Universidade Federal Fluminense. Em sua entrevista, o desembargador discorre sobre o início de sua trajetória na magistratura, a experiência adquirida ao longo dos anos, a sua visão sobre o Tribunal do Júri, o Tribunal de Alçada e outros fatos marcantes de sua carreira. Faleceu em 27 de fevereiro de 2011.
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Desembargador Paulo Roberto Leite Ventura
Nascido em 11 de fevereiro de 1940 no Distrito Federal, Paulo Roberto Leite Ventura ingressou na magistratura como juiz de direito no antigo estado do Rio de Janeiro no ano de 1972. Foi juiz do Tribunal de Alçada Criminal, do qual exerceu a Presidência entre dezembro de 1995 e junho de 1996, ano em que foi nomeado para o cargo de desembargador do Tribunal de Justiça. Também exerceu a função de Diretor-Geral da Escola de Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (EMERJ) de 2005 a 2009. Especializou-se na área do Direito Penal e Processual Penal, na qual publicou diversos livros. Na entrevista, o magistrado relata as dificuldades enfrentadas no funcionamento da Justiça e compartilha sua percepção sobre o sistema prisional brasileiro, além de comentar julgamentos marcantes de sua carreira, como o caso do artista Iberê Camargo. Aposentou-se em 25 de janeiro de 2010 e veio a falecer no dia 12 do mês seguinte, aos 70 anos de idade.
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Desembargador Antônio de Castro Assumpção
Antônio de Castro Assumpção nasceu na cidade de Rio Grande, Estado do Rio Grande do Sul, em 28 de março de 1922. Formou-se em Direito pela Universidade de São Paulo em 1946 e ingressou na magistratura do Distrito Federal em 1951, como 1º Juiz substituto. Em sua entrevista, o desembargador comenta pontos marcantes de sua trajetória no Judiciário, como sua participação na fundação da antiga Associação de Magistrados do Distrito Federal e sua atuação em defesa da manutenção das garantias constitucionais dos magistrados durante a ditadura militar. Membro da Academia Carioca de Letras, o magistrado publicou, dentre muitas obras: “O Poder do Estado Contemporâneo”, “Justiça e Progresso” e “Folhas de Outono”. Faleceu em novembro de 1998, aos 76 anos.
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Desembargador Fellipe Augusto de Miranda Rosa
Nascido em 1º de dezembro de 1920, na cidade do Rio de Janeiro, Felippe Augusto de Miranda Rosa foi promovido a desembargador em 1980. Em sua entrevista, o magistrado comenta sobre questões marcantes para sua trajetória profissional, tais como a fusão dos Estados da Guanabara e Rio de Janeiro e a promulgação da Lei Orgânica da Magistratura, de 1979. Com uma vasta carreira, atuou também como professor de Sociologia da Universidade do Estado da Guanabara (UEG), depois Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ, destacando-se como pioneiro na difusão da Sociologia do Direito. Além disso, foi autor de muitos livros, dentre os quais estão: "Poder, direito e sociedade" e "Sociologia do direito: o fenômeno jurídico como fato social". Faleceu em março de 2009, aos 88 anos.
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Desembargador Abeylard Pereira Gomes
Nascido em 1º de julho de 1915, em Imbituva, no Paraná, Abeylard Pereira Gomes construiu uma longa e consagrada carreira na magistratura, sendo promovido em 1979 ao cargo de desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ). Eleito, em maio de 1984, 3º vice-presidente do TJRJ, aposentou-se pouco mais de um ano depois, em junho de 1985. Na entrevista, concedida em agosto de 1998, o magistrado aborda aspectos marcantes de sua biografia, relata sua experiência enquanto juiz do antigo Estado do Rio de Janeiro, e comenta sobre acontecimentos que vivenciou e que marcaram a história da cidade e do país, como a ditadura militar. O desembargador Abeylard Pereira Gomes, que também foi escritor, professor e membro das academias carioca e niteroiense de letras, faleceu em junho de 1999, aos 84 anos.
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Juiz João Luiz Duboc Pinaud
Na entrevista concedida ao Programa de História Oral, o magistrado e professor relembra a sua trajetória de vida e a sua história de luta em defesa dos direitos humanos, compartilhando episódios marcantes de sua existência, como a perseguição sofrida durante a Ditadura e a sua experiência como secretário estadual de Justiça do Rio de Janeiro nos anos 2000. São abordadas também questões que podem ser discutidas ainda hoje, em 2021, tais como a descrença no Judiciário e nas demais instituições democráticas, o papel da mídia na formação da opinião pública e seu impacto sobre as decisões judiciais, a neutralidade do Direito, e a relação dos problemas sociais, a exemplo do racismo, com o enfraquecimento do Estado Democrático de Direito. João Luiz Duboc Pinaud faleceu em 23 de abril de 2018, aos 87 anos.
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Desembargador Alyrio Silva Cavallieri
Em julho de 2021 comemoram-se os 31 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente, assim, foi disponibilizada a entrevista com o Des. Alyrio Silva Cavallieri, concedida para o Programa de História Oral, em 2007. Nascido em Itabirito (MG), em 1921, Alyrio Cavallieri foi um importante juiz de menores nos estados da Guanabara e do Rio de Janeiro, de 1969 a 1975, período em que o país e o mundo passavam não apenas por um momento de turbulência política, como também por uma verdadeira revolução nos costumes e na cultura, fenômeno que pôs a juventude e os seus problemas na ordem do dia e no centro das atenções da mídia. Na entrevista, são abordados assuntos como o Código de Menores, a sua atuação durante o período de ditadura militar, o ingresso no Juizado de Menores e vivências marcantes da época, além da exposição de seus pensamentos sobre o debate acerca da redução da maioridade penal. O Des. Alyrio Silva Cavallieri faleceu em 12 de novembro de 2012, aos 91 anos.
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Desembargador Mário dos Santos Paulo
Nascido em Niterói, em 1943, Mário dos Santos Paulo superou adversidades em sua infância e adolescência, e conciliou, durante a sua formação ginasial, os estudos à noite com o trabalho durante o dia. Interessou-se pelo Direito após uma conversa com um ex-professor, e se formou em 1972, na antiga Universidade do Estado da Guanabara (UEG). Trabalhou durante nove anos como advogado. Atuou, também, na Defensoria Pública e como professor do Instituto Militar de Engenharia (IME) e da Faculdade Estácio de Sá. O ingresso na magistratura aconteceu em janeiro de 1984, por concurso público. Na entrevista concedida ao Programa de História Oral, o magistrado abordou diferentes momentos vividos em sua carreira, como, por exemplo, a implantação da urna eletrônica e, em especial, a defesa dos interesses do Judiciário na elaboração da Constituição de 1988. O Des. Mário dos Santos Paulo faleceu em 20 de maio de 2020, aos 76 anos.
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Desembargador Marcus Faver
O desembargador Marcus Antônio de Souza Faver, que é natural do município de Cantagalo e se tornou juiz de direito do antigo Estado do Rio de Janeiro em 1968, fez um relato sobre a sua trajetória antes e depois da magistratura. Ele destaca sua atuação na área da militância política e apresenta sua visão pessoal sobre o Poder Judiciário e fatos relevantes das últimas décadas. Durante sua entrevista faz referências especiais ao período que exerceu a chefia do Poder Judiciário estadual, no biênio (2001-2002), quando se consolidou o fundo especial, e apresenta também histórias de sua vida pessoal, com destaque para a mãe, Alba Penna de Souza, primeira tabelião do Brasil.
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Desembargadora Cristina Tereza Gaulia
A inauguração, em abril de 2004, do primeiro ônibus adaptado para funcionar como cartório foi um marco importante do Programa Justiça Itinerante do TJERJ, que, há muito, vem proporcionando o acesso à Justiça para as pessoas mais necessitadas, em suas próprias comunidades. Em comemoração aos seus 17 anos, disponibilizamos a entrevista concedida ao Programa de História Oral, no ano de 2017, pela Desembargadora Cristina Tereza Gaulia, uma das fundadoras do projeto. Em seu depoimento, a magistrada aborda com detalhes como se deu a implantação e o desenvolvimento de tão importante iniciativa do Poder Judiciário fluminense, desde seus primeiros passos até a consagração do modelo atual. A Resolução TJ/OE nº 10, assinada em 24 de junho de 2004 e publicada no dia seguinte, instituiu formalmente a Justiça Itinerante no âmbito do Judiciário do Estado do Rio de Janeiro.
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Desembargador Paulo Dourado de Gusmão
Natural do Rio de Janeiro, nascido em 2 de maio de 1919, Paulo Dourado de Gusmão diplomou-se em 1943 pela Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Brasil. Em 1946, foi nomeado advogado de ofício do Distrito Federal, cargo subordinado ao procurador-geral e sujeito à disciplina do Ministério Público. Em sua entrevista, abordou os motivos que o fizeram se interessar pelo Direito, o desenvolvimento e os fatos marcantes de sua carreira, como o seu ingresso no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, em 1978, e sua posterior eleição para a presidência do mesmo, no biênio 1985-1986. Publicou diversos livros na área do Direito. Aposentou-se em 28 de abril de 1989, vindo a falecer em 11 de abril de 2016.
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Desembargador Jorge Fernando Loretti
Nascido em 25 de agosto de 1924, na cidade do Rio de Janeiro, o Des. Jorge Fernando Loretti discorreu em sua entrevista sobre o interesse pelo Direito, e as relações entre o Poder Executivo e a Magistratura, especialmente sob a ótica de um chefe de gabinete de dois governadores. Relatou a sua vivência à época da transferência da Capital Federal para Brasília (1960), e do Golpe de 1964, que impactou a cúpula do Executivo fluminense. Teceu comentários sobre a Lei Orgânica da Magistratura e a mudança em sua atividade profissional de forma repentina, de advogado a juiz. Relembrou momentos que o marcaram enquanto Presidente do TJRJ, tendo também comentado sobre a Justiça Eleitoral, entre outros assuntos que podem ser conferidos no vídeo. Aposentou-se em 26 de agosto de 1994, vindo a falecer em 13 de maio de 2016.
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Desembargador Sylvio Capanema de Souza
Em homenagem ao Des. Sylvio Capanema de Souza, falecido em junho de 2020, abrimos a programação cultural de 2021 com a entrevista dada pelo magistrado ao Programa de História Oral do Poder Judiciário. Nascido em 1938, e formado em Direito no ano de 1960, o desembargador Sylvio Capanema de Souza advogou por mais de 30 anos, militando especialmente no Direito Imobiliário. Foi nomeado para o Tribunal de Alçada Cível em 1994, pelo Quinto Constitucional e para o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, no ano seguinte. Atuou, também, como presidente da 10ª Câmara Cível do TJRJ, foi membro do Órgão Especial e 1º vice-presidente do Tribunal de Justiça, aposentando-se em 2008.
Em sua entrevista, destacam-se sua militância no Centro Acadêmico Candido de Oliveira (CACO) da Universidade Nacional de Direito; o processo de elaboração da Lei 8245/1991 (a chamada Lei do Inquilinato), da qual é um dos autores; o exercício do magistério universitário durante o Regime Militar; a importância do novo Código Civil para o ordenamento jurídico brasileiro; e uma de suas grandes paixões: o Clube de Regatas Flamengo.
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Desembargador Giuseppe Vitagliano
O desembargador Giuseppe Vitagliano nasceu em 6 de março de 1934, na cidade de Pedro Leopoldo, no estado de Minas Gerais. Formou-se em Direito pela Universidade Gama Filho em 1958, cursando pós-graduação na mesma entidade e na Escola Superior de Guerra.
Atuou como advogado no antigo Distrito Federal e no estado da Guanabara. Foi ainda promotor de Justiça em diversas comarcas do interior do estado do Rio de Janeiro, tendo ingressado no Tribunal de Alçada Criminal em 2 de outubro de 1996, vindo a integrar a última composição da referida Corte de Justiça.
Giuseppe Vitagliano possui larga experiência no magistério, tendo exercido a função na Sociedade Universitária Augusto Mota, na Universidade Gama Filho e na Escola de Formação de Oficiais da Polícia Militar, além de cursos preparatórios. Foi empossado como desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro em 2 de março de 1998. A aposentadoria chegou em 7 de março de 2004. Em janeiro de 2009, foi nomeado corregedor-geral das corregedorias da Secretaria de Segurança do Estado do Rio de Janeiro.
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Desembargador Luiz Henrique Steele Filho
Luiz Henrique Steele Filho nasceu em 14 de junho de 1916. Tornou-se juiz de direito em 1952 e ascendeu ao cargo de desembargador em 1969. Foi o último presidente do Tribunal de Justiça do antigo estado do Rio de Janeiro, eleito em fevereiro de 1975. Após a fusão desse estado com o da Guanabara, foi corregedor da Justiça, presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros, da Associação dos Magistrados Fluminenses e do Tribunal Regional Eleitoral. Aposentou-se em 1985, vindo a falecer em 2003.
Durante a entrevista, o magistrado discorreu sobre o início de sua vida profissional, na carreira de policial, e de sua experiência como político. Sob o prisma de um juiz de direito do antigo Estado do Rio de Janeiro, falou sobre o convívio entre o Poder Judiciário, o Poder Executivo e o Ministério Público, além de abordar outras questões, como a sua atuação como presidente do Tribunal Regional Eleitoral.
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Desembargador Índio Brasileiro Rocha
Na entrevista com o desembargador Índio Brasileiro Rocha são abordados temas variados como a sua militância acadêmica no período do governo Juscelino Kubitschek, seu ingresso na magistratura, em 10 de março de 1969, por concurso público, e a atividade judicial exercida no antigo Estado do Rio, nos anos 70. Foram comentados, também, as consequências da fusão dos Estados do RJ e da Guanabara, fatos e opiniões acerca do II Tribunal do Júri - do qual foi presidente por 12 anos; a extinção dos Tribunais de Alçadas Cível e Criminal, e sua atuação como desembargador do TJ e na Emerj, onde presidiu a Comissão de Iniciação e Aperfeiçoamento de Magistrados.
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Desembargador Humberto de Mendonça Manes
Na entrevista realizada com o Des. Humberto de Mendonça Manes é possível conferir como se deu o seu ingresso no mundo jurídico e sua vivência enquanto magistrado durante a Ditadura Militar; seus relatos sobre a experiência no Tribunal de Alçada Cível e no magistério, tendo lecionado na UERJ e em outras universidades. O magistrado também comentou sobre uma de suas concretizações enquanto Presidente do TJRJ, a criação de uma taxa sobre os serviços cartorários para que se injetasse no Fundo Especial do Tribunal, e de como isso contribuiu para a independência do Judiciário, além de mencionar dois julgamentos que o marcaram, entre outros assuntos.
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Mês da Consciência Negra
Professor Flavio dos Santos Gomes
Em mais uma iniciativa relacionada ao mês da Consciência Negra, em que o Museu da Justiça promoveu a mostra de documentos virtual “Café, Riqueza e Escravidão: A Insurreição de Manoel Congo”, disponibilizamos ao público a entrevista concedida pelo historiador, escritor e professor Flavio dos Santos Gomes ao Programa de História Oral do Poder Judiciário.
Na entrevista, realizada em 17 de março de 2011, foram abordados temas como as mudanças na historiografia da escravidão, formas de resistência, estrutura dos quilombos, a condição dos escravizados perante a lei, e, principalmente, a importância da documentação judicial do século XIX como fonte para o estudo da escravidão e das relações sociais daquela época até os dias atuais.
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Oscar Otavio Coimbra Argollo
Na entrevista de Oscar Otavio Coimbra Argollo, advogado, são abordados assuntos como o que o fez ser advogado, sua relação com a OAB, a sua participação no Conselho Nacional da Justiça (2005-2007) e no STJD, e a participação da OAB no movimento Fora Collor, entre outros que podem ser conferidos no vídeo.
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Desembargador Sergio Cavalieri Filho
A entrevista com o desembargador aposentado e presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) no biênio 2005/2006, Sergio Cavalieri Filho, foi realizada no dia 18 de outubro de 2017, no espaço histórico do Salão Nobre do Antigo Palácio da Justiça do Rio de Janeiro.
O magistrado discorreu sobre a sua trajetória, desde a infância em uma família de nove irmãos, vivida em Cuiabá, Mato Grosso, nos anos de 1940, até a sua aposentadoria, em novembro de 2009. Seu ingresso na magistratura ocorreu em 1972, no antigo Estado do Rio de Janeiro e o entrevistado recordou com satisfação que, no ano seguinte, tornou-se juiz substituto do Estado da Guanabara, ocasião em que teve como colega de concurso o desembargador Ronald Valladares, Coordenador do Programa e um dos entrevistadores. Demais momentos importantes também foram abordados, tais como a extinção dos Tribunais de Alçada e o fortalecimento do Conselho de Vitaliciamento.
Classificação indicativa: livre
HUMANITAS
Ciclos de Palestras, Debates e Diálogos
O Museu da Justiça, com o objetivo geral de fomentar, em especial, aproximações entre o Direito e as demais Humanidades, promove as atividades do programa Humanitas – Ciclos de Palestras, Debates e Diálogos, cujas ações têm o propósito específico de promover a cultura humanística, filosófica, científica e artística.
Os ciclos Humanitas, objetivam difundir e realçar noções ético-humanísticas, em apoio ao amplo esclarecimento sociopolítico, imprescindível ao exercício democrático da cidadania.
O evento conta com o apoio das equipes de Produção e do Educativo do Museu da Justiça, além da coordenação e mediação do poeta e crítico W. B. Lemos, doutor em Literatura Comparada pela UERJ e integrante do corpo de instrutores da Escola de Administração Judiciária (ESAJ), e da coordenação de Ricardo Vieira Lima, doutor em Literatura Brasileira pela UFRJ e editor-assistente da revista Fórum de Literatura Brasileira Contemporânea (UFRJ).
A Atualidade do Pensamento de Euclides da Cunha
“Canudos não se rendeu. Exemplo único em toda a história, resistiu até ao esgotamento completo. [...] Caiu no dia 5 [de outubro de 1897], ao entardecer, quando caíram os seus últimos defensores, que todos morreram. Eram quatro apenas: um velho, dois homens-feitos e uma criança, na frente dos quais rugiam raivosamente cinco mil soldados.” Os sertões (Campanha de Canudos) (1902), de Euclides da Cunha.
O Museu da Justiça, com o objetivo geral de fomentar, em especial, aproximações entre o Direito e as demais Humanidades, dá continuidade às atividades do programa Humanitas – Ciclos de Palestras, Debates e Diálogos, em formato virtual, no dia 21 de setembro, quarta-feira, às 17h, cujas ações têm o propósito específico de promover a cultura humanística, filosófica, científica e artística.
Em sua 14ª Edição, realizada em 21 de setembro de 2022, o Humanitas contou com a presença do professor e ensaísta Leopoldo M. Bernucci, em celebração ao aniversário da primeira edição do marco literário indispensável à compreensão dos dilemas brasileiros. O convidado é euclidianista reconhecido internacionalmente e ocupa a cátedra Russel F. and Jean H. Fiddyment de Estudos Latinoamericanos na University of California-Davis, EUA, onde leciona literaturas brasileira e hispano-americana. No Brasil, é conhecido pelos livros A imitação dos sentidos (1995), Discurso, ciência e controvérsia em Euclides da Cunha (2008) – ambos dedicados aos estudos sobre os sertões – e Paraíso suspeito: a voragem amazônica (2017), nos quais Bernucci resgata as relações intertextuais entre Euclides da Cunha, Alberto Rangel e o famoso escritor colombiano José Eustasio Rivera.
O palestrante propôe uma pergunta à reflexão: como seria o Brasil sem Euclides hoje? A partir dessa questão destaca o fato de que Euclides da Cunha abriu o debate nacional para novas questões e fala sobre a necessidade de alunos e alunas de hoje conhecerem as ideias do autor de os sertões, sobre as diferentes interpretações da obra maior de Euclides, e também acerca de temas como a tensão entre teorias e fatos, relativismo, superstição, misticismo exacerbado versus ciência, ciência, imaginação, intuição e criatividade no pensamento do escritor.
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Como ler Mortimer Adler
“Nos tempos modernos, poucos avanços foram feitos (para não dizer nenhum) em filosofia. Ao contrário, muito se perdeu como resultado de erros que teriam sido evitados se a modernidade tivesse preservado, e não ignorado, algumas verdades antigas.”
Dez erros filosóficos, de Mortimer Adler.
O Museu da Justiça, com o objetivo geral de fomentar, em especial, aproximações entre o Direito e as demais Humanidades, dá continuidade às atividades do programa Humanitas – Ciclos de Palestras, Debates e Diálogos, em formato virtual, no dia 24 de agosto, às 17h, cujas ações têm o propósito específico de promover a cultura humanística, filosófica, científica e artística.
Em sua décima terceira edição, realizada em 24 de agosto, o Humanitas contou com a presença de André Quirino. O convidado é graduado e mestrando em Filosofia na Universidade de São Paulo (USP), graduando em Teologia pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e produtor editorial na É Realizações.
O palestrante falou sobre o pensamento do filósofo e teórico da educação Mortimer Adler (1902-2001), autor de mais de 50 obras, algumas delas já consideradas como verdadeiros clássicos, entre as quais A arte da leitura, Aristóteles para todos, Como pensar sobre as grandes ideias, Como falar, como ouvir, Como pensar sobre a linguagem em algumas questões e Como ler livros. Adler foi professor da Universidade de Chicago e cofundador do Institute for Philosophical Research da Universidade da Carolina do Norte; do Aspen Institute e do Center for Study of the Great Ideas. Quirino chamou atenção para o fato de que o pensador norte-americano Mortimer Adler é lembrado por iniciativas de facilitação ou divulgação de autores e debates clássicos presentes em suas obras. A reflexão de Quirino cogitou acerca de uma possível síntese unificadora de alguns posicionamentos filosóficos existentes na obra de Adler, articulando as premissas e decisões interpretativas recorrentes em vários escritos desse grande autor.
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Sentido e o pensamento de Viktor Frankl
“Viva como se já estivesse vivendo pela segunda vez e como se na primeira vez você tivesse agido tão errado, como está prestes a agir agora.”
Em busca de sentido, de Viktor E. Frankl.
Em sua décima segunda edição, realizada em 27 de julho de 2022, o Humanitas contou com a presença da psicóloga Heloísa Reis Marino. A convidada é especialista em Logoterapia Clínica e em Análise Existencial, e Logoteoria aplicada à Educação e Empresas, pela SOBRAL - Associação Brasileira de Logoterapia e Análise Existencial Frankliana, da qual já foi Presidente e Vice-Presidente. Também é docente em cursos de Especialização em Logoterapia e Análise Existencial em diversas instituições brasileiras. Realizou estudos de Logoterapia em Roma, onde se encontrou pessoalmente com Viktor Frankl. Atualmente, é revisora técnica de obras de Frankl publicadas em português. A palestrante falou sobre o pensamento e a prática psicoterapêutica do psiquiatra e escritor Viktor Frankl, o criador da Logoterapia, a chamada “terceira escola vienense de psicoterapia”. Sobrevivente de campos de concentração nazistas, Frankl foi autor de 32 livros, entre os quais se destaca Em busca de sentido – um psicólogo no campo de concentração (2018), obra que, no Brasil, já teve mais de quarenta edições.
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Joyce no Tribunal
“Estás aora no salamuseu (...).”
Finnegans Rivolta, de James Joyce.
Tradução: Coletivo Finnegans.
Organização: Dirce Waltrick do Amarante.
Em sua décima primeira edição, o Humanitas, como parte das comemorações do centenário de publicação do romance Ulysses, de James Joyce, contou com a presença da professora, pesquisadora, tradutora e ensaísta Dirce Waltrick do Amarante, autora de Para ler ‘Finnegans Wake’ de James Joyce, James Joyce e seus tradutores, Finnegans Wake (por um fio) e Finnegans Wake (by a Thread), entre outros livros. Dirce do Amarante também coorganizou e cotraduziu, com Sérgio Medeiros, uma antologia de ensaios de James Joyce, De santos e sábios, as cartas de Joyce a Nora (Cartas a Nora) e uma antologia de cartas de escritor para a sua mecenas Harriet Weaver (Cartas a Harriet); é Doutora em Teoria Literária, professora do programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e vice-líder do Grupo de Estudos Joycianos no Brasil; ademais, coorganiza o Bloomsday de Florianópolis, desde 2002 e edita o site: https://www.jamesjoycesoutsiders.com.br. Dirce é a organizadora e integrante do coletivo de tradutores de Finnegans Rivolta, a segunda tradução integral brasileira do último romance de James Joyce. A palestrante falou sobre o processo de tradução e o impacto literário cultural do incontornável romance de Joyce.
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Uma Breve História da Defesa dos Animais
“Um paradoxo no direito – visão Pós-Humana entre o Sagrado e o Justo.”
Lúcia Frota Pestana de Aguiar, em A questão animal e seu acesso à justiça: um paradoxo no direito.
Em sua décima edição, intitulada "Uma Breve História da Defesa dos Animais", o Humanitas, contou com a presença da pesquisadora e ensaísta Lúcia Frota Pestana de Aguiar, Vice-Presidente do Fórum Permanente da Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro de Pós-Humanismo e Defesa dos Animais - Cláudio Cavalcanti; Pós-Doutora, Doutora e Mestre em Direito pela UNESA. A convidada também é autora das obras animalistas: A questão animal e seu acesso à justiça: um paradoxo no direito – Visão Pós-Humana entre o Sagrado e o Justo (2021), pela Editora GZ; e A tutela preventiva na proteção dos animais (2015), pela Editora Max Limonad. Lúcia Frota Pestana foi Secretária-Geral da EMERJ, no biênio 2019/2020, e atualmente é Diretora da Escola de Administração Judiciária do TJRJ. É também membra da Law and Society Association, desde 2016, e professora da Universidade Estácio de Sá (desde 2000), da ESAJ e da EMERJ.
A palestrante abordou as duas principais correntes animalistas: o Abolicionismo e o Bem-Estarismo Animal, à luz de diversos autores e da libertária e ousada crítica literária.
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A Semana de Arte Moderna em seu centenário: entre o marco e o mito
“[...] todos os movimentos se processam da mesma maneira, confusos, heteróclitos, desiguais. O que importa é o impulso e a meta. Esses foram atingidos pelo movimento de 22.”
Oswald de Andrade, “O modernismo”. In: Estética e política. Org. de Maria Eugenia Boaventura.
Em sua nona edição, intitulada "Um século de Modernismos (1922-2022)", o Humanitas, em comemoração ao centenário da Semana de 22, contou com a presença da professora da FAAP, pesquisadora, tradutora e ensaísta Gênese Andrade. A palestrante é doutora em Literatura Hispano-Americana pela USP, com pós-doutorado em Literatura Comparada pela UNICAMP e responsável pela organização da alentada obra Modernismos 1922-2022, reunião de 29 ensaios de autoria de estudiosos e críticos consagrados que se propuseram a refletir e questionar a Semana de Arte Moderna e seus desdobramentos.
A convidada falou sobre o teor dos ensaios, reunidos com o intuito de revisitar a memória e fortuna crítica modernistas que tornam públicas e debatem manifestações e obras artísticas, reconhecendo suas virtudes e aspectos controversos.
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Oswald de Andrade: devoração em tempos digitais?
“Só a Antropofagia nos une. Socialmente. Economicamente. Filosoficamente. ”
"Manifesto Antropófago" (1928), de Oswald de Andrade.
Em sua oitava edição, intitulada "Oswald de Andrade: devoração em tempos digitais?", o Humanitas, em comemoração ao centenário da Semana de Arte Moderna de 1922, contou com a presença do Professor Titular de Literatura Comparada da UERJ, pesquisador, crítico e ensaísta, João Cezar de Castro Rocha. Detentor de diversos outros títulos, o palestrante é doutor em Literatura Comparada pela Stanford University e ex-Presidente da Associação Brasileira de Literatura Comparada (ABRALIC, 2016-2017). Sua produção intelectual já foi traduzida para o inglês, mandarim, espanhol, francês, italiano e alemão. O ensaísta é autor de 13 livros, dentre os quais Guerra cultural e retórica do ódio. Crônicas de um Brasil pós-político (2020), e Machado de Assis: por uma poética da emulação (2013, Prêmio de Crítica e História Literária da Academia Brasileira de Letras). Responsável pela edição de 30 títulos, no âmbito da teoria e crítica literária, o professor João Cezar é um dos organizadores da obra Antropofagia hoje? Oswald de Andrade em cena (2011), reunião da reflexão crítica de 44 ensaístas e 13 escritores que tiveram o mesmo objetivo: explorar o potencial analítico e filosófico da antropofagia oswaldiana.
O convidado abordou pensamento filosófico, antropológico e estético do poeta, romancista, cronista, memorialista e ensaísta Oswald de Andrade, tal qual expresso no que podemos designar de autêntica teoria cultural desse moderno pensador: a Antropofagia.
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Os Evangelhos: nova tradução de um clássico
“E percorria Jesus as cidades todas e as aldeias em torno ensinando nas congregações deles e apregoando o bom anúncio do reinado e tratando toda doença e toda enfermidade.”
Evangelho Segundo Mateus, tradução de Marcelo Musa Cavallari.
Em sua sétima edição, realizada em 15 de dezembro de 2021, e intitulada "Os Evangelhos: nova tradução de um clássico", o Humanitas contou com a presença do tradutor, escritor e jornalista Marcelo Musa Cavallari, responsável pela mais recente tradução dos Evangelhos para a língua portuguesa, e do prefaciador dessa tradução, João Angelo Oliva Neto, pesquisador, doutor e mestre em Letras Clássicas pela USP, além de professor na graduação de Língua e Literatura Latina, e na pós-Graduação de Letras Clássicas da mesma instituição.
Os convidados discutiram a pertinência e relevância intelectual de, na atualidade, ler ou reler Os Evangelhos, clássico fundador da mentalidade e visão de mundo ocidentais, sob perspectivas renovadoras, tendo como referência essa nova edição bilíngue dos textos canônicos, pensada em especial para o uso nos estudos da língua grega e da Antiguidade Clássica, no âmbito acadêmico.
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Paulo Freire: Educação e emancipação do pensamento
“[...] nas condições de verdadeira aprendizagem os educandos vão se transformando em reais sujeitos da construção e da reconstrução do saber ensinado, ao lado do educador, igualmente sujeito do processo.”
Trecho do livro Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa, de Paulo Freire.
Em sua sexta edição, intitulada "Paulo Freire: Educação e emancipação do pensamento", realizada em 24 de novembro de 2021, o Humanitas tematizou aspectos essenciais da reflexão pedagógica de um dos expoentes, no âmbito do ensino, no Brasil e no mundo, em palestra, seguida de entrevista, da professora titular da Faculdade de Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Lia Faria, pós-doutora em Educação pela Universidade de Lisboa, e em Ciência Política, pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ), além de doutora em Educação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A convidada discute as matrizes pedagógico-políticas do pensamento de Paulo Freire, autor, entre diversas obras, de Pedagogia do oprimido, o único livro brasileiro a aparecer na lista dos 100 títulos mais pedidos pelas universidades de língua inglesa, e criador de um método de alfabetização de adultos que leva seu nome. Reconhecido por lei federal, em 2012, como o Patrono da Educação Brasileira, o educador e filósofo pernambucano é o terceiro pensador mais citado em universidades da área de humanas em todo o mundo, de acordo com um levantamento feito por uma ferramenta de pesquisa internacional para literatura acadêmica.
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Van Gogh e a Justiça: Os Humanos e as Plantas
“Pois bem, em meu próprio trabalho, arrisco a vida e nele minha razão arruinou-se em parte – bom –, mas pelo quanto eu saiba você não está entre os mercadores de homens, e você pode tomar partido, eu acho, agindo realmente com humanidade, mas o que é que você quer?”
Trecho da carta que Vincent van Gogh levava consigo no dia 29 de julho de 1890, data de sua morte.
Cartas a Theo, de Vincent van Gogh.
Em sua quinta edição, realizada no dia 03 de novembro, intitulada "Van Gogh e a Justiça: Os Humanos e as Plantas", o Humanitas, a partir do romance Diários de Vincent: impressões do estrangeiro, trouxe o tema "Justiça" nos quadros e nas cartas de Van Gogh, ao abordar o modo como ele retrata trabalhadores e pessoas comuns. A relação de sua vida e de sua obra com as plantas também será desenvolvida, mostrando como não se trata apenas de representação estética, pois envolve questões éticas e políticas bastante atuais. O encontro contará com palestra de Evando Nascimento, escritor e artista visual. Evando publicou, entre outros, Derrida e a literatura (1999; 3ª edição, 2015); Clarice Lispector: uma literatura pensante (2012) e Cantos do mundo (2011), finalista do Prêmio Portugal Telecom. Professor universitário, Evando Nascimento lecionou na Universidade Federal de Juiz de Fora (MG) e na Université Stendhal Grenoble (França). Também participou do encontro Felipe Martinez, doutor em História da Arte pela Unicamp e autor de uma dissertação de mestrado sobre as obras de Van Gogh pertencentes ao acervo do MASP, onde também trabalhou como pesquisador. Martinez atua como professor nos principais museus e espaços culturais de São Paulo, como o MAM, o MASP e a Casa do Saber, bem como na pós-graduação da PUC-SP. Membro do Conselho Internacional de Museus (ICOM) e da Associação Brasileira dos Críticos de Arte (ABCA), Martinez falará acerca da escrita de Evando sobre Van Gogh e o entrevistará na companhia de W. B. Lemos, coordenador do ciclo.
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Anísio Teixeira e a educação integral para a cidadania
“Só existirá democracia no Brasil no dia em que se montar no país a máquina que prepara as democracias. Essa máquina é a da escola pública.”, Anísio Teixeira.
Em sua quarta edição, realizada no dia 22 de setembro, intitulada "Anísio Teixeira e a educação integral para a cidadania", o Humanitas explorou aspectos essenciais do pensamento de um dos maiores educadores que o Brasil já teve, em palestra, seguida de entrevista, do desembargador do TJRJ, doutor em Ciência Política pela UFF e professor da UERJ, João Batista Damasceno. O convidado discute a concepção de educação integral, defendida por Anísio Teixeira, cuja ênfase, precursora, se fundou no desenvolvimento do intelecto e na capacidade de julgamento e análise críticos, em detrimento da memorização. Teixeira, além de pioneiro defensor da universalização da educação pública de todos os níveis, gratuita, laica, obrigatória e de qualidade, foi o responsável maior pela implementação da primeira Lei Nacional de Diretrizes e Bases da educação brasileira (Lei Federal nº 4.024, de 20 de dezembro de 1961, editada no governo do presidente João Goulart, do qual era chefe de gabinete o sociólogo, educador e político Darcy Ribeiro, notadamente um continuador das ideias do autor de Educação para a Democracia.
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Figurações do outro em Lima Barreto
“Não nos lembramos que nós não nos conhecemos uns aos outros, dentro do nosso próprio país, e tudo aquilo que fica pouco adiante dos subúrbios das nossas cidades, na vaga denominação Brasil, terra de duvidosa existência [...].”
Lima Barreto, em carta a Assis Viana.
Em sua terceira edição, intitulada Figurações do outro em Lima Barreto, o Humanitas tematiza aspectos centrais da obra do escritor carioca Lima Barreto, em palestra, seguida de entrevista, do pesquisador e professor da UFRJ Ary Pimentel. O convidado discute os modos de representação da alteridade e diversidade, tanto humana quanto social, na escrita do autor de Triste fim de Policarpo Quaresma, e, consequentemente, a sub-representação dos subúrbios e periferias na literatura brasileira, além da denúncia da subalternização de certas vozes no processo de formação da identidade nacional.
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A perspectiva Tupinambá: mitologia e pensamentos brasileiros
“No princípio, o universo era provavelmente muito escuro. [...] Nesse mundo inaugural, misterioso e obscuro, era o Velho.”
Meu destino é ser onça, mito tupinambá restaurado por Alberto Mussa.
Em sua segunda edição, intitulada “A Perspectiva Tupinambá: mitologia e pensamento brasileiros”, o Humanitas tematiza aspectos das narrativas tupinambá, conforme a restauração elaborada pelo escritor e pesquisador Alberto Mussa, em palestra seguida de entrevista. O convidado, ganhador dos prêmios Casa de Las Américas (Cuba) e Machado de Assis (ABL), entre outros, discute a visão de mundo de um dos povos originários brasileiros, suas respectivas noções de justiça e perspectivas sociais, tendo também como referência fragmentos dos textos de cronistas portugueses e franceses do século XVI e XVII que passaram ou se fixaram por considerável tempo no Brasil.
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Fronteiras da linguagem, fronteiras do universo?
“Os limites de minha linguagem significam os limites de meu mundo.”
Tractatus Logico-Philosophicus, de Ludwig Wittgenstein.
Em sua primeira edição, intitulada “Fronteiras da linguagem, fronteiras do universo?”, o Humanitas tematiza aspectos da obra do filósofo e matemático austríaco Ludwig Wittgenstein (1889-1951), em palestra, seguida de entrevista, com o escritor e pesquisador Marcelo Moraes Caetano. Doutor em Letras pela UERJ e pós-doutorando em Antropologia pela Universidade de Copenhague, Marcelo Moraes discute aquilo que nos define: a linguagem humana, sua ética e estética, ao explorar perspectivas do autor de Investigações filosóficas, segundo as quais as fronteiras de nossa linguagem delimitam nossa apreensão do universo.
Em sala virtual do aplicativo Teams.
A programação fica disponível neste portal em "AGENDA". Procure o mês atual para saber mais detalhes.
Participação franca | Informações por e-mail: ccmj.agendacultural@tjrj.jus.br.
Classificação indicativa: a partir de 14 anos
DO DIREITO À LITERATURA
Sarau do Museu
O Museu da Justiça, com o intuito de promover a leitura de poesia, realiza o Sarau do Museu, em formato virtual, como mais um dos desdobramentos do programa Do Direito à Literatura – Encontros Literários Interdisciplinares, série de ações que têm como objetivo buscar aproximações entre o Direito e as demais Humanidades.
O Sarau do Museu – agora rebatizado – prossegue com o objetivo de resgatar a história e atualizar a forma das tradicionais reuniões literárias e musicais cariocas, tão ao gosto da Belle Époque e do Rio antigo, em que os apreciadores da poesia e da música se reuniam para dizer e ouvir poemas e canções de sua preferência
O evento conta com o apoio das Equipes de Produção e do Educativo do Museu da Justiça e a coordenação de W. B. Lemos, doutor em Literatura Comparada (UERJ) e integrante do Corpo de Instrutores da Escola de Administração Judiciária (ESAJ), e Ricardo Vieira Lima, doutor em Literatura Brasileira (UFRJ), crítico literário e poeta.
Sarau do Museu – Adriano Espínola aos 70: Uma Poética do Lugar
“São Francisco de Assis, ao atravessar a esquina,/ junto com a multidão,/ volta-se para o semáforo:/ – Irmão Semáforo, fale-me do homem.// E a luz vermelha acendeu."
“O sinal”, do livro O lote clandestino (2ª edição. Rio de Janeiro: Topbooks, 2002, p. 59), de Adriano Espínola.
A 24ª Edição do Sarau do Museu, realizada em 26 de agosto de 2022, celebra e debate a obra do poeta, contista, ensaísta e crítico literário Adriano Espínola.
Adriano Espínola é doutor em Literatura Brasileira pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e professor aposentado da Universidade Federal do Ceará (UFC), tendo ensinado, ainda, em universidades brasileiras e estrangeiras, a exemplo da Université Stendhal Grenoble III e da UFRJ, onde foi professor convidado de Teoria Literária. Em 1998, participou do 18º Salão do Livro de Paris. É membro do PEN Clube do Brasil e da Academia Carioca de Letras. Publicou nove livros de poemas, entre os quais Táxi ou poema do amor passageiro (1986, tradução para o inglês realizada por Charles Perrone, com o título Táxi or poem of love in transit, lançado em Nova York e em Londres, em 1992); Em trânsito: Táxi/Metrô (1996); Beira-sol (1997, Bolsa da Fundação Biblioteca Nacional, e finalista do Prêmio Jabuti de Poesia); Praia provisória (2007, Prêmio de Poesia da Academia Brasileira de Letras) e Escritos ao sol (2015, finalista do Prêmio Rio de Literatura). No campo do ensaio, publicou, entre outros, As artes de enganar: um estudo das máscaras poéticas e biográficas de Gregório de Mattos (2000).
Também participa do Sarau Charles A. Perrone, Professor Titular Emérito de Português e de Literatura/Cultura Luso-Brasileira no Departamento de Espanhol e Português da Universidade da Flórida (EUA). Doutor pela Universidade do Texas (EUA), Perrone pertenceu ao Centro de Estudos Latino-Americanos, onde dirigiu a especialização em Estudos Brasileiros. Foi bolsista-pesquisador da Comissão Fulbright, no Brasil, em 1991. Aposentado, atualmente reside em Santa Cruz, na Califórnia. Publicou cerca de 10 livros, dentre eles: Letras e letras da Música Popular Brasileira (1ª edição, 1988; 2ª edição, 2008); Masters of Contemporary Brazilian Song: MPB 1965-1985 (1989); Seven Faces: Brazilian Poetry Since Modernism (1996) e Brazil, Lyric, and the Americas (2010). Organizou e coorganizou várias coletâneas, abrangendo os gêneros de música, poesia contemporânea e ficção brasileiras, tendo publicado estudos e artigos nesses gêneros, no Brasil, México, Inglaterra e Estados Unidos. Traduziu Táxi ou poema de amor passageiro, de Adriano Espínola (Taxi or poem of love in transit), lançado em Nova York e em Londres, em 1992. Neste ano de 2022, publicou os livros First Chico Buarque e All Poetry, tradução com Ivan Justen Santana, de Toda poesia, de Paulo Leminski. Como poeta, lançou dois livros: six seven (2008) e Designs, publicado também em 2022.
O encontro tem ainda a participação de Marcos Pasche, professor de Literatura Brasileira na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), ensaísta e crítico literário. Doutor em Literatura Brasileira pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), também é Mestre na mesma área pela mesma instituição. Publicou os livros De pedra e de carne (Confraria do Vento, 2012) e Cláudio Manuel da Costa, Série Essencial (Academia Brasileira de Letras; Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2014). Organizou os volumes Melhores crônicas de Maria Julieta Drummond de Andrade (Global, 2012), Crítica literária na sala de aula: caderno de resenhas (EDU, 2022), e, em parceria com Leonardo Barros Medeiros, Hoje é dia de hoje em dia: literatura brasileira da primeira década do século XXI (Multifoco, 2013). Pela UFRRJ, coordena o projeto de extensão Remição de Pena pela Leitura, que, em parceria com a Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), atua em unidades prisionais do Complexo do Gericinó, em Bangu, Zona Oeste do município do Rio de Janeiro.
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Geraldo Carneiro, um (autor)retrato aos 70
“eu sou Rimbaud gigolô das artes/ um dia perdi o senso/ bailei fantasiado de Mefisto/ bordei a lança no lenço/ eu dispenso: logo não existo"
“descartes”, do livro Piquenique em Xanadu (2003-2006), de Geraldo Carneiro.
Nesta edição, realizada em 8 de julho de 2022, foi celebrada e debatida a obra do poeta, letrista, tradutor, dramaturgo e roteirista de televisão e cinema Geraldo Carneiro, nosso convidado. O homenageado, participou da chamada “poesia marginal” ou “geração mimeógrafo”, tendo estreado em 1974, com o livro Na busca do Sete-Estrelo, pela Coleção Frenesi, ao lado de poetas como Cacaso e Francisco Alvim.
Publicou, posteriormente, oito livros de poemas, entre os quais Verão vagabundo (1980); Piquenique em Xanadu (1988); Pandemônio (1993); Balada do impostor (2006) e Poesia reunida (2010). Em parceria com Alcides Nogueira, adaptou a telenovela O astro, de Janete Clair, de 1977. A nova versão, exibida pela Rede Globo, em 2011, venceu o Prêmio Emmy Internacional. É membro da Academia Brasileira de Letras, desde 2016.
Em 2020, recebeu o Grande Prêmio Rio de Janeiro, da Academia Carioca de Letras, pelo conjunto de obra. Como letrista, tem parcerias com vários compositores, entre eles, Tom Jobim, Astor Piazolla, Egberto Gismonti, Wagner Tiso e Francis Hime. Suas músicas foram gravadas por diversos intérpretes, entre os quais, além dos nomes já mencionados, Vinicius de Moraes e Toquinho, Gal Costa, Ney Matogrosso e Lenine.
O encontro contou ainda com a participação do poeta, contista, ensaísta e crítico literário Adriano Espínola. Doutor em Literatura Brasileira pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Espínola é professor aposentado da Universidade Federal do Ceará (UFC), tendo ensinado, ainda, em universidades brasileiras e estrangeiras, a exemplo da Université Stendhal Grenoble III e da UFRJ, onde foi professor convidado de Teoria Literária. Em 1998, participou do 18º Salão do Livro de Paris. É membro do PEN Clube do Brasil e da Academia Carioca de Letras. Publicou nove livros de poemas, entre os quais Táxi ou poema do amor passageiro (1986, tradução para o inglês realizada por Charles Perrone, com o título Táxi or poem of love in transit, lançado em Nova York e em Londres, em 1992); Em trânsito: Táxi/Metrô (1996); Beira-sol (1997, Bolsa da Fundação Biblioteca Nacional, e finalista do Prêmio Jabuti de Poesia); Praia provisória (2007, Prêmio de Poesia da Academia Brasileira de Letras) e Escritos ao sol (2015, finalista do Prêmio Rio de Literatura). No campo do ensaio, publicou, entre outros, As artes de enganar: um estudo das máscaras poéticas e biográficas de Gregório de Mattos (2000). Também participou do Sarau Nelson Ascher, poeta, tradutor, crítico literário e de cultura, ensaísta e jornalista. Formado em Administração de Empresas pela Faculdade Getulio Vargas de São Paulo (FGV-SP), Ascher especializou-se em Comunicação e Semiótica. Na década de 1980, passou a colaborar com o jornal Folha de São Paulo, em que, por quase três décadas de trabalho, foi crítico literário, editor do caderno cultural “Folhetim” e colunista do caderno “Ilustrada”. Em 1993, lançou Pomos da discórdia, ensaios sobre crítica literária, política e religião. Com Régis Bonvicino e Michael Palmer, organizou a antologia Nothing the Sun could not explain: 20 Contemporary Brazilian Poets. Publicou os livros de poemas Ponta da língua (1983), O sonho da razão (1993), Algo de sol (1996) e Parte alguma (2005), obra finalista do Prêmio Portugal Telecom. Sua obra está traduzida em países como França, Holanda, Espanha, México, Estados Unidos e Hungria. É tradutor de poesia em várias línguas, dentre elas, inglês, húngaro, francês e russo, tendo publicado, em 1998, uma antologia de suas traduções, intitulada Poesia alheia.
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Sobre A terra em pandemia
"Não posso salvar da morte as pessoas que amo;/ Nem posso escapar do abismo de ignorância/ Que ameaça e ceifa nossas vidas todos os dias./ Mas protesto, com os versos de todos os poetas,/ Que defendem a vida, a arte a imaginação. (...)”
A terra em pandemia (2020), de Aleilton Fonseca.
Em sua 22ª edição, ocorrida em 30 de junho, O Sarau do Museu debateu o épico-lírico A terra em pandemia, do poeta, ficcionista e ensaísta baiano Aleilton Fonseca, autor de 30 livros, entre conto, romance, poesia e ensaio. Como contista, o convidado publicou Jaú dos bois e outros contos (1997), O desterro dos mortos (2001) e O canto de Alvorada (2003), além dos romances Nhô Guimarães (2006) e O pêndulo de Euclides (2009). Doutor em Letras pela USP, Fonseca é professor pleno de literatura da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), na Bahia. Sua obra está traduzida para o francês, espanhol, inglês, italiano, neerlandês e alemão. Seu poema-livro A terra em pandemia (2020) foi traduzido na Itália por Simona Advincula e publicado em Milão (Edizione WE, 2021). É correspondente da revista Latitudes: cahiers lusophones, editada em Paris. Pertence à Academia de Letras de Itabuna, à Academia de Letras de Ilhéus e à Academia de Letras da Bahia.
Neste Sarau, além da presença de Aleilton Fonseca, para comentar a singular obra do poeta, contamos com a participação de Brigitte Thiérion, professora adjunta na Universidade Sorbonne Nouvelle de literatura e civilização brasileiras na graduação e na pós-graduação. Seus temas de pesquisa estão relacionados às representações do espaço americano e à Amazônia, em narrativas de viagem e ficção. Atualmente pesquisa sobre o empoderamento das mulheres indígenas nas artes, literatura e política. Integra projetos de museologia participativa, associando pesquisadores indígenas ao projeto COLAM/PALOC/IRD. É membra do Seminário Internacional Mundos Indígenas com pesquisadores da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG - Paraíba - Brasil), Pablo Olavide (Espanha) e Universidade Nova de Lisboa (Portugal). Contamos ainda com a presença de Edilene Matos, Doutora em Comunicação e Semiótica: Literaturas pela PUC - São Paulo e Pós-Doutora pela Universidade de São Paulo - Instituto de Estudos Brasileiros (USP/IEB), pela Université Paris/Nanterre La Défense, e pela Universidade Nova de Lisboa. Edilene foi Professora Visitante Sênior, no IELT (Instituto de Estudos da Literatura Tradicional), na Universidade Nova de Lisboa e é docente, pesquisadora e diretora de teses da Universidade Federal da Bahia. Pertence a diversos Centros de Estudos Nacionais e Internacionais, a exemplo do CRILUS (Centre de Recherches Interdisciplinaires sur le monde Lusophone) (Université Paris Nanterre) e do IELT e tem vários livros, capítulos de livros e artigos publicados, no Brasil e no exterior.
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O Caminho Ímpar da poesia: Renato Rezende e Simone Brantes
"Sempre, no quadro dos seus olhos,/ procure o ângulo mais bonito,/ mais distante, uma árvore/ entre edifícios, nuvens/ no infinito, o infinito;/ o infinito/ AQUI”
“Encontro”, do livro Ímpar (2005), de Renato Rezende.
"O poema é uma joia. É certo./ Por isso agrega/ a gema de brilho seleto/ pedras de ouro recobertas,/ mas entre elas/ uma que de tão opaca/ ao teu olho escapa:/ cisco brita cascalho entulho agrega/ para que elas brilhem mais/ e mais discretas.”
“Joia”, do livro, Pastilhas brancas (1999), de Simone Brantes.
Nesta edição, foi celebrada e debatida a obra dos poetas Renato Rezende e Simone Brantes. Renato é mestre e doutor em Arte e Cultura Contemporânea pela UERJ. Autor dos livros de poemas Passagem (1990), Aura (1997), Asa (1999), Leaves of Paradise (2000), Passeio (2001, bolsa da Fundação Biblioteca Nacional para obra em formação), Ímpar (2005, Prêmio Alphonsus de Guimaraens da Fundação Biblioteca Nacional) e Noiva (2008). É também autor dos romances Amarração (2011), Caroço (2012) e Auréola (2013), além de Poesia brasileira contemporânea – crítica e política (2014, crítica literária), e da compilação de resenhas Folia carioca (2021). Rezende também é artista visual, tradutor e editor-chefe da editora Circuito. Já Simone é mestre em Filosofia e doutora em Letras pela UFRJ. Poeta, tradutora e ensaísta, publicou os livros de poemas Pastilhas brancas (1999), O caminho de Suam (2002) e Quase todas as noites (2016, Prêmio Jabuti de Poesia). É autora de Rose Ausländer, da Coleção Ciranda de Poesia (2016), e de Kafka: uma entrada para a Construção (no prelo). Prepara para a Editora Jabuticaba uma antologia da poeta alemã Hilde Domin.
O encontro contou com as participações dos autores; de Eduardo Guerreiro Brito Losso, ensaísta, crítico literário, pesquisador, professor de Teoria Literária da Faculdade de Letras da UFRJ e autor, dentre outros, dos livros de ensaios: Coleção Ciranda da Poesia (Renato Rezende por Eduardo Guerreiro B. Losso, 2014) e Sublime e violência: ensaios sobre poesia brasileira contemporânea (2018); de André Luiz Pinto, doutor em Filosofia pela UERJ e professor na FAETEC e na SEEDUC-RJ que publicou 10 livros de poemas, entre eles: Mas valia (2016); Migalha (2019, Prêmio Marcus Vinicius Quiroga, da UBE-RJ) e Balanço (Poemas reunidos, 2021), além da mediação de Ricardo Vieira Lima, poeta, crítico literário, doutor em Literatura Brasileira pela UFRJ e Editor-Assistente da revista Fórum de Literatura Brasileira Contemporânea (UFRJ) e de W. B. Lemos, doutor em Literatura Comparada (UERJ) e integrante do Corpo de Instrutores da Escola de Administração Judiciária (ESAJ), os dois últimos, coordenadores do Sarau do Museu.
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Apoesia de Alberto Pucheu
"Se fosse uma tragédia grega, Tirésias entraria em cena e, como em Antígona, diria para Creonte: ‘Percebes que te abeiras de um abismo?’. Isso não é, entretanto, uma tragédia grega.”
“Poema para a catástrofe do nosso tempo”, do livro Vidas rasteiras, de Alberto Pucheu.
Nesta edição, realizada em 19 de abril, foi abordada a obra de Alberto Pucheu. Poeta, ensaísta e professor de Teoria Literária da Faculdade de Letras da UFRJ, Pucheu já publicou 11 livros de poemas, dentre eles: A fronteira desguarnecida – poesia reunida (2007); Mais cotidiano que o cotidiano (2013); Para que poetas em tempos de terrorismo? (2017) e Vidas rasteiras (2020). Sua obra poética integrou a coleção Ciranda da Poesia (2013) e foi lançada em Portugal, em 2018. Como ensaísta, publicou, entre outros, Pelo colorido, para além do cinzento: a literatura e seus entornos interventivos (2007); Giorgio Agamben: poesia, filosofia, crítica (2010) e Apoesia contemporânea (2014). Organizou Não pararei de gritar: poemas reunidos (2020), de Carlos de Assumpção.
O encontro contou com as participações do autor; de Diana Junkes poeta, crítica literária, professora da Universidade Federal de São Carlos (onde coordena o Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Poesia e Cultura/NEPPOC-CNPq), autora de As razões da máquina antropofágica: poesia e sincronia em Haroldo de Campos (2013) e dos livros de poesias Clowns cronópios silêncios (2017), Sol quando agora (2018) e Asas plumas macramê (2019) e de Tarso de Melo, poeta e ensaísta, autor de Íntimo desabrigo (2017), Rastros (2019) e As formas selvagens da alegria (premiado pelo PROAC/LAB, 2021, a sair) dentre outros livros de poemas e organizador de várias obras coletivas, como Sobre poesia, ainda: cinco perguntas, cinquenta poetas (2019), além de advogado e professor, doutor em Filosofia do Direito pela Faculdade de Direito da USP, onde atualmente realiza um pós-doutorado.
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A Semana de 22 e a Geração Mimeógrafo
Nesta edição, realizada em 25 de março, foi celebrada e debatida a Semana de Arte Moderna de 22, em articulação com a poética daqueles que dialogaram mais fortemente com o segmento modernista: os poetas da chamada Geração Mimeógrafo. Autores que, por meio da escrita de poemas, se conectaram, de forma independente, com o Modernismo e que contribuíram decisivamente para o resgate de poetas como Manuel Bandeira, Mário Andrade, Oswald de Andrade, Jorge de Lima, Murilo Mendes, entre outros.
O encontro contou as participações dos seguintes poetas convidados, todos representantes da Geração Mimeógrafo, ícones da também chamada poesia marginal: Charles Peixoto, um dos fundadores do coletivo Nuvem Cigana e um dos editores do Almanaque Biotônico Vitalidade. Charles estreou, em 1972, com Travessa Bertalha 11 e, de lá para cá, lançou mais seis livros de poemas, entre eles Supertrampo (2014), que reúne toda a sua produção poética; Luís Olavo Fontes, escritor, poeta, roteirista e contista, estreou na poesia com Prato Feito (1974). Entre 1979 e 1987, lançou três livros de poemas e, no início da década seguinte, publicou a antologia poética Papéis de Viagem. Entre 2005 e 2007, editou mais três livros de poemas. Em 2018, lançou Entrementes; Nicolas Behr, poeta cuja estreia ocorreu em 1977, com Iogurte com Farinha (1977), publicou dezenas de pequenos livros de poemas, nas décadas de 1980 e 1990, sua obra Laranja Seleta – poesia escolhida (1977-2007) foi finalista do Prêmio Portugal Telecom de Literatura, em 2008.
O encontro também teve com a participação de dois palestrantes: Gilberto Mendonça Teles, Professor Emérito da PUC-Rio e da Universidade Federal de Goiás (UFG) e professor aposentado da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), além de poeta e crítico, com cerca de 80 obras publicadas, que falará sobre a Semana de 22 e Fred Coelho, pesquisador, escritor, curador e professor de graduação em Literatura e de Pós-Graduação em Literatura, Cultura e Contemporaneidade, no Departamento de Letras da PUC-Rio, que falará sobre a poesia modernista, revisitada pela Geração Mimeógrafo.
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Paulo Henriques Britto, 70 anos
“Quando não sei o que sinto/ sei que o que sinto é o que sou./ Só o que não meço não minto.// Mas tão logo identifico/ o não lugar onde estou/ decido que ali não fico,// pois onde me delimito/ já não sou mais o que sou/ mas tão somente me imito// De ponto a ponto rabisco/ o mapa de onde não vou,/ ligando de risco em risco// meus equívocos favoritos,/ até que tudo que sou/ é um acúmulo de escritos,/ penetrável labirinto/ em cujo centro não estou/ mas apenas me pressinto // mero signo, simples mito."
“Pessoana”, do livro Trovar claro (1997), de Paulo Henriques Britto.
Nesta edição, realizada em 3 de dezembro de 2021, celebramos os 70 anos do poeta, ficcionista, tradutor e professor de tradução, literatura e criação literária (PUC-Rio) Paulo Henriques Britto. Autor de sete livros de poemas, entre os quais Trovar claro (1997) e Formas do nada (2012), e de dois livros de contos: Paraísos artificiais (2004) e O castiçal florentino (2021), Paulo Henriques já traduziu mais de 120 autores, como Edmund Wilson, William Faulkner, Elizabeth Bishop, John Updike, Phillip Roth, Salman Rushdie, Thomas Pynchon e Wallace Stevens. Ao longo de uma vitoriosa carreira literária, o escritor recebeu vários prêmios, a exemplo do Portugal Telecom, APCA, Alphonsus de Guimaraens (duas vezes), Alceu Amoroso Lima, Bravo! Bradesco Prime de Literatura e Jabuti.
O encontro conta com as participações do poeta, crítico, ensaísta, membro da Academia Brasileira de Letras (ABL) e professor emérito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Antonio Carlos Secchin (UFRJ), autor de, entre outras obras, Percursos da poesia brasileira: do século 18 ao 21 (2018, Prêmio APCA, melhor livro de ensaios), e da ensaísta, pesquisadora e professora de Teoria Literária e Literatura Comparada na Universidade de São Paulo (USP), Viviana Bosi, autora de, entre outros livros, Poesia em risco: itinerários para aportar nos anos 1970 e além (2021).
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Aríete – a poesia plural de Ricardo Vieira Lima
“Escrevo para as paredes./ O ar puro me asfixia. /Escrevo todas as vezes/ que um desejo se anuncia.// Escrevo contra as paredes/ que transponho em agonia./ Escrevo sempre isolado,/ sem nenhuma companhia.// Escrevo sob as paredes/ que me cercam, todavia,/ em casa ou no trabalho./ E sem carta de alforria,// escrevo sobre as paredes./ Escrevo à noite ou de dia./ Com ânsia de condenado,/ na sua hora tardia.// Escrevo todos os meses/ e não vejo outra saída./ Escrevo para as paredes:/ não posso escrever pra vida."
“Aríete”, poema do livro Aríete – poemas escolhidos (2021), de Ricardo Vieira Lima.
O Museu da Justiça, com o intuito de promover a leitura de poesia, realizará a 18ª Edição do Sarau do Museu: Aríete – a poesia de Ricardo Vieira Lima, em formato virtual, no dia 10 de dezembro, às 17h, como mais um dos desdobramentos do programa Do Direito à Literatura – Encontros Literários Interdisciplinares, série de ações que têm como objetivo buscar aproximações entre o Direito e as demais Humanidades.
Nesta edição, realizada em 10 de dezembro de 2021, o Sarau do Museu celebrou e debateu a poesia de Ricardo Vieira Lima, que lançou, durante o evento, o seu livro de estreia, Aríete – poemas escolhidos (1990-2020). Poeta, crítico literário, ensaísta, editor, antologista, jornalista, doutor em Literatura Brasileira pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e mestre, na mesma área, pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Ricardo também é servidor do TJRJ. Organizou e prefaciou os livros: Anos 80, da coleção Roteiro da Poesia Brasileira (2010), e Poesia completa, de Ivan Junqueira (2019). Seu livro Aríete – poemas escolhidos ganhou os Prêmios Ivan Junqueira, da Academia Carioca de Letras, e Jorge Fernandes, da União Brasileira de Escritores – Seção Rio de Janeiro (UBE-RJ). Essa obra, até então inédita, mas já conhecida parcialmente nos meios literários, possui poemas que, divulgados esparsamente, ao longo dos últimos anos, motivaram comentários entusiasmados, vindos de nomes nacionais e internacionais da literatura, a exemplo de José Saramago, Antônio Houaiss, João Cabral de Melo Neto e Marly de Oliveira, Jorge Amado, Olga Savary e Affonso Romano de Sant’Anna (as orelhas e a contracapa do livro reproduzem esses comentários).
O encontro contou com as participações do autor; de Italo Moriconi, poeta, crítico literário, antologista, editor, curador de eventos culturais/literários e Professor Associado aposentado do Instituto de Letras da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ); de Marcos Pasche, crítico literário, ensaísta e Professor Adjunto de Literatura Brasileira na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), e de Marcelo Mourão, poeta, crítico literário, produtor cultural, mestre e doutorando em Literatura Brasileira na UERJ.
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Poesia: A mais alta consciência II
“Mesmo que voltem as costas/ Às minhas palavras de fogo/ Não pararei/ Não pararei/ Não pararei de gritar.”
Trecho de “Protesto”, poema do livro Não pararei de gritar – poemas reunidos (2019), de Carlos de Assumpção.
“Escrevi aquela estória escura sim/ Soltei meu grito crioulo sem medo/ pra você saber/ Faço questão de ser negra nessa cidade descolorida/ doa a quem doer/ Faço questão de empinar meu cabelo cheio de poder/ Encresparei sempre/ em meio a esta noite embriagada de trejeitos brancos e fúteis”
Trecho de “Petardo”, poema do livro Só por hoje vou deixar meu cabelo em paz, (2014), de Cristiane Sobral.
“meu corpo, minha regra:/ porque a vida só vale se agrega/ o valor e a condição que me cabem:/ ser quem decide molde e cor da roupagem/ (...) / meu corpo, minha regra:/ porque a vida só vale a quimera/ daquilo que me alimenta de coragem:/ seja eu o espelho da minha imagem.”
Trechos de “Meu mundo, minha moeda”, poema do livro Um para dentro todo exterior (2018), de Paulo Sabino.
Nesta 17ª Edição do Sarau do Museu, realizada em 26 de novembro de 2021, foi celebrado o Dia Nacional da Consciência Negra, comemorado em 20 de novembro, data da morte de Zumbi dos Palmares, onde foi lido poemas de Carlos de Assumpção, poeta e ativista da velha guarda do movimento negro, autor de Não pararei de gritar – poemas reunidos (2019), obra saudada calorosamente pela crítica; Cristiane Sobral, poeta, atriz e professora, autora de, entre outras obras, Terra negra (2017); e Paulo Sabino, poeta, jornalista, produtor cultural e autor de Um para dentro todo exterior (2018).
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A poesia de Carlos Henrique Costa
“A nova nave está guardada/ apenas aos da classe A./ Àqueles que fazem da alma/ traslado a raros hábitats./ Escafandristas do seu mar./ Indo e vindo, mesmo sob pânico./ Salvos por nadar, fundo ou raso.// Estamos no mesmo naufrágio./ Inválidos ante a catástrofe./ Filhos da Virtude-Vontade./ Jamais houve guardas e barcos/ bastantes, nem bons o bastante./ À prova de impacto, o casco –/ falácia do engenho náutico."
“Nova nave”, poema do livro O homem sem relógio - sonetos dissonantes (2021), de Carlos Henrique Costa.
O Museu da Justiça realizou a 15ª Edição do Sarau do Museu, no dia 22 de outubro. Nesta edição, foi celebrada e debatida a poesia de Carlos Henrique Costa, com o lançamento do seu livro, O homem sem relógio – sonetos dissonantes (2021). Poeta, letrista, compositor, jornalista, bacharel em Letras pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e servidor do TJRJ, Henrique Costa é, além de sonetista experiente, uma das mais expressivas vozes líricas da mais recente poesia brasileira, o que já ficou demonstrado com a publicação de seus dois livros anteriores, Tempo desejo (2006) e Lira dos sentidos (2014). O encontro contou com as participações do autor; de Carlos Newton Júnior, professor titular da Universidade Federal de Pernambuco e autor de mais de 15 livros, nos campos da poesia, do romance e do ensaio, dentre eles, Poeta em Londres (2005), Ofício de sapateiro (2011), Ressurreição (2019) e Memento mori: os sonetos da morte (2020), e de Cláudio Neves, poeta e professor de Língua Portuguesa, autor de 5 livros de poemas, dentre eles, De sombras e vilas (2008), Isto a que falta um nome (2011), Ouvido no café da livraria (2016) e Hibiscos vermelhos e tilápias vivas (2020).
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Sarau do Museu apresenta: Mallarmargens em revista
“Todo Pensamento exibe um Lance de Dados”.
Um lance de dados (1897), de Stéphane Mallarmé
O Museu da Justiça realizou a 14ª Edição do Sarau do Museu no dia 24 setembro. Nesta edição, foi recebida a equipe de Mallarmargens – Revista de Poesia e Arte Contemporânea, um dos mais relevantes periódicos literários do atual cenário artístico e intelectual brasileiro, cujo objetivo, desde 2012, tem sido o de divulgar e valorizar a literatura, as artes e o pensamento contemporâneos nacional e internacional. O encontro conta com as participações dos editores de Mallarmargens: os poetas e críticos Nuno Rau, autor de Mecânica aplicada (finalista do Prêmio Jabuti de Poesia, de 2018) e Notas marginais (2021); Alexandre Guarnieri, autor de Corpo de festim (contemplado com o Prêmio Jabuti de Poesia, de 2015), dentre outros; e Amanda Vital, autora de Lux (2015) e Passagem (2018).
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Sarau das Musas (Palavras Cantadas) – Glauco Mattoso, 70 anos
“Nasci glaucomattoso, não poeta./ Poeta me tornei pela revolta/ que contra o mundo a língua suja solta/ e a vida como báratro interpreta.// Bastardo como bardo, minha meta/ jamais foi ao guru servir de escolta/ nem crer que do Messias venha a volta,/ mas sim invectivar tudo o que veta."
“Soneto natal”, do livro Poesia digesta (2004), de Glauco Mattoso.
O Museu da Justiça realizou a 13ª Edição do Sarau das Musas no dia 27 agosto. Nesta edição é celebrado os 70 anos do poeta, ensaísta e ficcionista paulista Glauco Mattoso. Herdeiro pós-moderno de poetas como Aretino, Bocage e Gregório de Matos, além de brilhante sonetista, Mattoso é senhor de uma escrita marcada pela sátira, usada como instrumento de crítica aos costumes, às questões sociais e políticas. O encontro conta com as participações da professora e pesquisadora Eliane Robert Moraes (USP e CNPq) , autora de relevantes ensaios sobre o imaginário erótico na literatura, e dos poetas e professores universitários Marcelo Diniz (UFRJ) e Wilberth Salgueiro (UFES) , ambos especialistas na obra do autor em questão.
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A poesia de André Luiz Pinto
“Quando nos mudamos,/ meus pais fizeram/ de tudo para se livrar/ da mochila que levava meus poemas.// Botaram-na perto da portinhola/ da caminhonete para ver se caía na estrada.// Mas não caiu. Desde então,/ levo essa mochila comigo/ como um cachorro/ que me segue na rua."
Poema-epígrafe de abertura do livro Balanço - poemas reunidos (2021), de André Luiz Pinto.
O Museu da Justiça realizou a 12ª Edição do Sarau das Musas celebrando A poesia de André Luiz Pinto, no dia 30 de julho. Nesta edição duplamente comemorativa – o Sarau das Musas está celebra 1 ano de (r)existência! –, também é festejado os 30 anos de atividade literária do poeta André Luiz Pinto, que acabara de publicar Balanço - poemas reunidos (1990-2020). Poeta, doutor em Filosofia pela UERJ e professor na FAETEC e SEEDUC-RJ, André Luiz é uma das vozes mais contundentes da nova geração da poesia brasileira contemporânea. O encontro conta com as participações do homenageado; do poeta, crítico e ensaísta Alberto Pucheu, professor de Teoria Literária da UFRJ, e do crítico, ensaísta e também professor de Teoria Literária na UFRJ, Eduardo Guerreiro B. Losso.
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Homenagem a Carolina Maria de Jesus
“A democracia está perdendo os seus adeptos. (...) O dinheiro é fraco. A democracia é fraca (...). E tudo que está fraco, morre um dia."
Quarto de despejo, Carolina Maria de Jesus
O Museu da Justiça, realizou a 10ª Edição do Sarau das Musas em Homenagem a Carolina Maria de Jesus no dia 28 de maio. Nesta edição, o Sarau das Musas, em comemoração ao 13 de maio, Dia da Abolição da Escravatura, celebra a obra da poeta e ficcionista, autora de Diário de Bitita, e uma das vozes femininas pioneiras em favor da visibilidade das populações marginalizadas do país, no âmbito da literatura. O evento conta com as participações da professora Vera Eunice de Jesus, filha da escritora Carolina Maria de Jesus; de Raffaella Fernandez, professora, pesquisadora, pós-doutora em Estudos Culturais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e integrante do conselho editorial responsável pela publicação da obra completa de Carolina; e da atriz, performer, autora e diretora teatral Dirce Thomaz, intérprete da homenageada no teatro, em Eu e ela: visita a Carolina Maria de Jesus, e no cinema.
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Homenagem a Gilberto Mendonça Teles
“Tudo em mim é desejo de linguagem:/ minha própria emoção, esta passagem/ à espessura das coisas, o convite/ ao mais além da sombra e do limite/ e esta confirmação da realidade/ na plumagem dos nomes, na verdade têm seu lado e segredo, é pura essência/ do que se fez silêncio e reticência.”
“Poiética”, poema do livro Álibis (2000), de Gilberto Mendonça Teles
O Museu da Justiça realizou a 11ª Edição do Sarau das Musas, no dia 25 de junho, mês em que se comemora o aniversário de 90 anos do poeta. Nesta edição, o Sarau das Musas celebrou a obra do autor de Hora aberta, poeta, professor universitário, ensaísta e crítico literário, uma das mais representativas vozes da poesia brasileira contemporânea. O evento contou com as participações do homenageado, da professora e coordenadora da Pós-Graduação em Letras da PUC-Goiás, Maria de Fátima Gonçalves Lima, e de Ricardo Vieira Lima, doutor em Literatura Brasileira pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), crítico literário, ensaísta, jornalista e poeta.
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Homenagem a Affonso Romano de Sant’Anna
“Há 500 anos caçamos índios e operários,/ há 500 anos queimamos árvores e hereges,/ há 500 anos estupramos livros e mulheres,/ há 500 anos sugamos negras e aluguéis.", fragmento do poema “Que país é este?”, do livro homônimo de Affonso Romano de Sant’Anna.
O Museu da Justiça, realizou a 8ª edição do Sarau das Musas, em formato virtual, no dia 30 de abril, em Homenagem a Affonso Romano de Sant’Annah. Nesta edição, o Sarau das Musas celebrou a poesia do autor de “Que país é este?”, também professor, ensaísta e crítico mineiro, com a apresentação do espetáculo multimídia Affonso Romano de Sant’Anna: retrato do poeta, realizado pelo grupo Poesia Simplesmente, formado por Delayne Brasil, Eurídice Hespanhol, Jorge Ventura, José Emanuel Diaz, Laura Esteves e Telma da Costa. O evento teve, ainda, a participação do doutor em Literatura Brasileira (UFRJ) e crítico literário Ricardo Vieira Lima, que falou brevemente sobre a obra do homenageado.
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Homenagem a Olga Savary
“E assim vou/ com a fremente mão do mar em minhas coxas. / Minha paixão? Uma armadilha de água, / rápida como peixes, / lenta como medusas, / muda como ostras."
“Ycatu”, poema do livro Repertório Selvagem, de Olga Savary.
O Museu da Justiça realizou a 9ª Edição do Sarau das Musas, em Homenagem a Olga Savary, no dia 21 de maio, data de nascimento da autora e Dia do Profissional de Letras. Nesta edição, o Sarau das Musas celebrou a poesia da autora de Espelho Provisório, poeta, ficcionista, tradutora e ensaísta, uma das mais importantes vozes da poesia brasileira contemporânea, fatalmente emudecida pela pandemia da Covid-19, em maio de 2020. O evento contou com as participações de Italo Moriconi, poeta, crítico literário, ensaísta, professor associado aposentado da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e professor visitante sênior da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP); Suzana Vargas, poeta, ensaísta, mestre em Teoria Literária pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), pesquisadora da Fundação Biblioteca Nacional, fundadora e coordenadora do Instituto Estação das Letras (IEL); e Ricardo Vieira Lima, doutor em Literatura Brasileira pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), crítico literário, ensaísta, jornalista e poeta.
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Homenagem a Cecília Meireles
“Eu canto porque o instante existe/ e a minha vida está completa.”
Versos de Motivo, poema do livro Viagem, de Cecília Meireles.
O Museu da Justiça, realizou a 7ª Edição do Sarau das Musas, em formato virtual, no dia 09 de abril, como mais um dos desdobramentos do programa Do Direito à Literatura – Encontros Literários Interdisciplinares, série de ações que têm como objetivo buscar aproximações entre o Direito e as demais Humanidades. Nessa edição, o Sarau das Musas celebrou os 120 anos de nascimento da autora de “Romanceiro da Inconfidência” em uma conversa literária com a presença dos professores, e estudiosos da obra de Cecília, Anélia Pietrani (UFRJ), Darlene J. Sadlier (Indiana University-Bloomington) e Miguel Sanches Neto (UEPG). Os críticos convidados também leram seus poemas preferidos e os mais representativos da poeta homenageada.
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Homenagem a Marcus Vinicius Quiroga
“não se esvazia a história,/ como papéis de uma cesta./ um poema nos traz para fora,/ nos põe na estrada outra vez./ (...) /” não se esvazia a história/ nas naturezas nem nas leis./ um poema não é para goles,/ mas para a embriaguez.”
“Para Dioniso”, do livro Autoestrada para Tebas, de Marcus Vinicius Quiroga.
O Museu da Justiça - Centro Cultural do Poder Judiciário, com o intuito de promover a leitura de poesia, realizou a 6ª Edição do Sarau das Musas – Homenagem a Marcus Vinicius Quiroga, em formato virtual, no dia 26 de fevereiro, às 17h, como mais um dos desdobramentos do programa Do Direito à Literatura – Encontros Literários Interdisciplinares, série de ações que têm como objetivo buscar aproximações entre o Direito e as demais Humanidades.
Nesta edição, o Sarau das Musas homenageou o poeta Marcus Vinicius Quiroga, uma das vozes de destaque no cenário literário nacional, tristemente emudecida pela pandemia da Covid-19, no ano de 2020. O encontro, consistiu em uma conversa entremeada por comentários literários e depoimentos pessoais, e, claro, pela leitura de poemas do autor de O xadrez e as palavras, contou ainda com a presença dos convidados Ana Margarida Mignone, Augusto Sérgio Bastos, Eduardo Tornaghi e Ricardo Vieira Lima.
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Vozes Femininas para um Novo Milênio
“Me querem mãe/ e me querem fêmea,/ (...) / me fazem omissa/ e me cobram participação// (...) Me impõem modelos/ gestos/ atitudes/ e comportamentos.// E me querem única.// Me castram/ podam/ falam/ e decidem/ por mim.// E me querem plena...”
Do livro: Descompasso, de Hilma Ranauro.
Com suas Vozes Femininas para um Novo Milênio, no dia 21 de agosto, às 18h, ao propor como tema a feminilidade, a escrita da mulher e o combate às mais variadas formas de violência (física, psíquica, simbólica) de que a mulher é vítima, expostas nessa produção artística, com destaque para a poesia de expoentes da atual literatura de autoria feminina, o Sarau das Musas homenageou a poetisa Hilma Ranauro, com a leitura de poemas dos dois livros da autora, a saber: Descompasso (1985) e Um murro no espelho baço (1992), além de textos inéditos que integrarão, em breve, a edição de sua nova obra, Narciso em cacos – antologia poética, organizada e prefaciada pelo crítico literário, Doutor em Literatura Brasileira pela UFRJ e poeta Ricardo Vieira Lima (que também participará do sarau comentando a poesia de Ranauro), responsável pelo necessário e imprescindível resgate da obra da poetisa, que também é professora aposentada da UFF.
Vozes Femininas para um Novo Milênio contou ainda com a participação da própria Hilma Ranauro, e a especial presença das poetas Danielle Magalhães, Rita Isadora Pessoa e Sara Albuquerque, num diálogo poético que teve como mediadora a professora da UFRJ, especialista em literatura escrita por mulheres, Anélia Pietrani.
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Homenagem a João Cabral de Melo Neto
“Saltou para dentro da vida/ ao dar seu primeiro grito; e estais aí conversando;/ pois sabeis que ele é nascido.”
Morte e vida severina, de João Cabral de Melo Neto.
Nessa edição, o Sarau das Musas celebrou o centenário de nascimento do autor de Morte e vida severina, com debate/leitura de poemas do poeta pernambucano, pelos poetas-críticos Antonio Carlos Secchin, Paulo Henriques Britto e Ricardo Vieira Lima. Os autores convidados também leram poemas próprios que dialogam com a poética cabralina.
Além de conversar com os poetas-críticos, todos os participantes poderam ler poemas de autoria própria ou não, que, preferencialmente, tinham alguma relação com os temas da poesia de João Cabral.
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Poesia na justa medida
“Difícil ser funcionário/ Nesta segunda-feira./ Eu te telefono, Carlos/ Pedindo conselho.”
Trecho do poema “Difícil ser funcionário”, de João Cabral de Melo Neto.
Na ocasião, o Poesia na justa medida celebrou o Dia do Servidor Público (28 de outubro), contando com a participação dos poetas/servidores André de Almeida, Carlos Henrique Costa e Siléa Macieira, além da presença dos prosadores/servidores Andréia Borges da Silva e Winter Bastos, em um diálogo literário que teve como tema, entre outros, a dupla condição de quem atua como artista e servidor público. Todos os participantes leram poemas de autoria própria ou não, e que, preferencialmente, tinham alguma relação com o tema, ou tenham sido escritos por poetas/servidores públicos.
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Poesia: a Mais Alta Consciência
“Canto o que a vida/ nem sequer rascunha:/ o amor sem aplauso,/ a dor sem testemunha.”
Trecho do poema “Casca mítica um”, em A casca mítica, de Salgado Maranhão.
“eu não sou/ de onde nasci// eu não sou/ de onde vim// nenhuma língua me engana/ nenhuma terra me enterra// eu sou/ onde estou// eu sou/ onde sou”
“Origem 1”, em Eu e outras consequências, de Tanussi Cardoso.
Nessa edição, o Sarau das Musas celebrou o Dia da Consciência Negra (20 de novembro), contando com a participação dos poetas Salgado Maranhão e Tanussi Cardoso, que leram poemas de seus livros mais recentes (respectivamente, A casca mítica e Eu e outras consequências), em um diálogo literário que terá como tema, entre outros, a multiplicidade de manifestações da consciência humana, seja a psíquica, a subjetiva, a social, a política, a histórica, a étnica, a de classe, a de ancestralidade, a mítica, a arquetípica, etc. Todos os participantes poderam ler poemas de autoria própria ou não, e que, preferencialmente, tinha alguma relação com os temas em questão, ou tinham sido escritos por poetas que tematizaram quaisquer aspectos da negritude (diáspora, colonialismo, escravagismo, liberdade, abolicionismo, discriminação racial, etc.).
Em sala virtual do aplicativo Teams.
A programação fica disponível neste portal em "AGENDA". Procure o mês atual para saber mais detalhes.
Participação franca | Informações por e-mail ccmj.agendacultural@tjrj.jus.br.
Classificação indicativa: a partir de 14 anos
DO DIREITO À LITERATURA
Leituras no Museu - Encontros Literários Interdisciplinares
No desempenho de sua função, o Museu da Justiça dá prosseguimento, de maneira virtual, ao programa “Do Direito à Literatura – Encontros Literários Interdisciplinares”. Realizados mensalmente, o encontro do Leituras no Palácio dispõe do apoio da equipe do Educativo do Museu da Justiça e da mediação do poeta W. B. Lemos, doutor em Literatura Comparada, mestre em Literatura Brasileira pela UERJ e integrante do corpo de instrutores da Escola de Administração Judiciária (ESAJ).
Clube "Leituras no Palácio" - Convida: Guiomar de Grammont
“Sofia começou a cultivar o desejo de encontrar o paradeiro do irmão perguntando por ele no último lugar onde ele parecia ter estado: o sul do Pará, onde ocorrera a Guerrilha do Araguaia.”
Palavras cruzadas, de Guiomar de Grammont
Neste encontro do Leituras no Palácio, realizado no dia 8 de março, foi celebrado o Dia Internacional da Mulher, conversando sobre Palavras cruzadas, romance de Guiomar de Grammont, com a participação da premiada autora mineira, ganhadora do Prêmio Casa de las Américas, pelo livro de contos O fruto do vosso ventre. Por intermédio da discussão da narrativa de Grammont, cuja protagonista é uma mulher, a jornalista Sofia, foi abordado as formas da violência estatal (tortura, cárcere, assassinato, etc.) relacionadas à época da ditadura militar brasileira, que não pouparam mulheres nem crianças.
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DO DIREITO À LITERATURA Convida: Antonio Carlos Secchin
“Um poema que desaparecesse/ à medida que fosse nascendo, / e que dele nada então restasse/ senão o silêncio de estar não sendo.”
Trecho de “Receita de poema”, do livro Desdizer e antes, de Antonio Carlos Secchin
Nesse segundo encontro comemorativo de um ano de existência, o Leituras no Palácio convidou o poeta, ensaísta e professor emérito de Literatura Brasileira da UFRJ, além de membro da ABL, Antonio Carlos Secchin. Em nossa Sala Virtual, no dia 9 de novembro, às 17h, o autor convidado leu poemas de seu livro Desdizer, foi entrevistado, falou sobre poesia e conversou com os participantes do evento.
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DO DIREITO À LITERATURA Convida: Adriano Espínola
“Feito um cego ao sol/ e em silêncio, / eu bebo entre as mãos/ a tua ausência.”
“Sede”, do livro Escritos ao sol, de Adriano Espínola
Nesse encontro comemorativo de um ano de existência, o Leituras no Palácio convidou o poeta, contista e ensaísta Adriano Espínola. Em nossa Sala Virtual, no dia 28 de setembro, às 17h, o escritor convidado leu poemas de sua antologia Escritos ao sol, entrevistado, falou sobre a escrita de poesia e conversou com os participantes do evento.
Atenção: atividade não registrada para pontuação como atividade de capacitação da ESAJ.
Em sala virtual do aplicativo Teams.
A programação fica disponível neste portal em "AGENDA". Procure o mês atual para saber mais detalhes.
Participação franca | Informações por e-mail ccmj.educativo@tjrj.jus.br
Classificação indicativa: a partir de 12 anos
Documentário
O Museu da Justiça em sua série de documentários aborda assuntos relacionados à história da Justiça no estado do Rio de Janeiro e no Brasil.
Episódio 1 – Direito e Justiça no Brasil
No episódio de estreia, o documentário retrata como se desenvolveu o Direito e a Organização Judiciária no Brasil, tomando por base os três períodos consagrados pela historiografia: Colônia, Império e República. O filme apresenta as principais leis e órgãos judiciais instituídos no país em contexto com os respectivos períodos históricos.
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Episódio 2: O Antigo Palácio da Justiça do Rio de Janeiro
Neste episódio, será apresentada a história do Antigo Palácio da Justiça do Rio de Janeiro, verdadeira joia do ecletismo do início do século XX. Serão abordados os imóveis que o antecederam e os diferentes tribunais que o tiveram por sede, desde 1926. Seus salões preservados e as grandes reformas por que passou ajudam a evidenciar sua importância para a memória da Justiça na cidade do Rio de Janeiro.
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O Museu da Justiça – Centro Cultural do Poder Judiciário
No 3º vídeo da série de documentários do Museu da Justiça intitulado “O Museu da Justiça – Centro Cultural do Poder Judiciário”, que rememora as primeiras iniciativas do TJERJ para preservação da memória Judiciária, ainda no período do Estado da Guanabara, até os dias atuais, bem como a trajetória do Museu da Justiça, desde sua inauguração, em 1988, até sua fusão com o CCPJ-Rio em 2017, que resultou no atual Museu da Justiça - Centro Cultural do Poder Judiciário, responsável pela preservação e difusão da memória e pela realização da Agenda Cultural do Poder Judiciário.
Classificação indicativa: livre
MÚSICA
O Museu da Justiça, dá continuidade ao seu programa de música apresentando uma série de concertos musicais, gravados preferencialmente, nos salões históricos dos Antigos Palácios da Justiça do Rio de Janeiro e Niterói.
Camerata Uerê
O Museu da Justiça apresenta o concerto gravado para o projeto “Música no Museu apresenta Sons do Brasil”, com a Camerata de Cordas do Projeto Uerê.
A Camerata nasceu em 2015 com a violinista francesa Constance Despretz, que teve a iniciativa de musicalizar crianças através da prática do violino no Projeto Uerê, situado no complexo da Maré, Rio de Janeiro. Tem como principal característica evidenciar o repertório brasileiro, abrangendo desde o erudito até o popular, sob a orientação da professora e violinista Fabiana Valente e a regência da maestrina Waleska Araújo.
Nesse concerto, são apresentadas ao público obras tradicionais da música clássica brasileira como Trenzinho Caipira, de Heitor Villa-Lobos, Gaúcho, de Chiquinha Gonzaga, e Odeon, de Ernesto Nazareth, além de clássicos da música popular, como Cheia de Manias, de Raça Negra, Samba de uma nota só, de Tom Jobim, Trem das Onze, de Adoniran Barbosa e Pelados em Santos de Mamonas Assassinas.
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Alexandre Rachid e Aloysio Rachid - Piano
O Museu da Justiça apresenta um concerto de piano do programa Música no Palácio, realizado em parceria com a Escola de música da UFRJ e que tem curadoria do Maestro Marcelo Jardim.
Nesse concerto, dividido em duas partes, os irmãos e pianistas Alexandre Rachid e Aloysio Rachid apresentarão ao público obras de Bach, Liszt, Pixinguinha, Ernesto Nazareth, dentre outros, além de improvisações de estilos eruditos ao piano com o tema “Cai, cai, Balão, aqui na minha mão!”.
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Fernando Harms
O Museu da Justiça apresenta o flautista Fernando Harms , em parceria com o Programa Música no Museu. Nascido em Santiago no Chile, Fernando Harms começou seus estudos de flauta no Conservatório Nacional de Música do Chile e posteriormente os aperfeiçoou em Buenos Aires na Argentina. Em 1974-75 foi solista da Orquestra Filarmônica de Rostock na Alemanha e entre 1977 e 1995 foi solista da Orquestra Filarmônica do Teatro Municipal de Santiago, além de participar de diversos quintetos de supro e outros grupos de câmara, tanto de cordas como mistos.
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Orquestra Verde
O Museu da Justiça apresenta, a Orquestra Verde - formada por alunos da Rede Pública Municipal de Ensino do Rio de Janeiro. O concerto, realizado em outubro de 2019, uniu música e sustentabilidade, através dos seus instrumentos produzidos com material reciclado. No repertório, músicas de grandes compositores nacionais e internacionais, como Michael Jackson, Milton Nascimento e Vinícius de Moraes.
A apresentação mostrará ao público que é possível formar uma orquestra utilizando instrumentos construídos com materiais reaproveitados, como pvc, madeiras, garrafas pet, linhas, plásticos, chaves, macarrão de piscina, entre outros materiais, que teriam um destino impróprio e que causariam danos ao meio ambiente.
Entre os instrumentos, destacam-se o banjolino, tubocello, claricano, tuboflauta e instrumentos de percussão, como o chinelofone, chavilhão, tambores, chocalho, timbacano, tubotons, entre outros, que juntos, produzem o som dos outros instrumentos convencionais.
Sob a regência do maestro e professor do grupo Gustavo Fernandes, o grupo toca músicas de Michael Jackson, Milton Nascimento, André Filho, Baden Powell e Vinícius de Moraes, Coldplay, Sérgio Mendes e Carlinhos Brown. “É muito prazeroso levar ao público a questão da sustentabilidade e preservação do meio ambiente de uma forma tão lúdica através da música”, conta Gustavo.
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Beto Travassos
O Museu da Justiça exibe o concerto do compositor e poeta Beto Travassos, em parceria com o Instituto dos Magistrados do Brasil (IMB), na apresentação realizada em dezembro de 2019 no Salão Nobre do APJ-Rio, durante a I Feira Literária da magistratura (FLIMAG).
Beto Travassos é engenheiro metalúrgico, advogado, músico, compositor e poeta. Iniciou sua trajetória artística ainda criança, influenciado por sua família, hoje destaca-se por seu trabalho autoral premiado no XVIII Festival de Alegre/ES e no Festival de Música Niterói Discos no ano 2009. Na sua trajetória como poeta lançou o livro “Alma & Poesia” em 2017, reconhecido como um sucesso de vendas garantiu a renovação para sua segunda edição na XIX Bienal Internacional do Livro - Rio de Janeiro no ano de 2019 e como arranjador multi-instrumentista destaca-se pelas performances com piano, violão e acordeão (popularmente conhecido como sanfona).
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Le Quartier Jazz Trio
No dia 25 de abril, o Museu da Justiça exibiu o concerto do Le Quartier Jazz Trio, em parceria com o Instituto dos Magistrados do Brasil (IMB), na apresentação realizada em dezembro de 2019 no Salão Nobre do APJ-Rio, durante a I Feira Literária da Magistratura (Flimag).
O Le Quartier Jazz Trio tem como característica desenvolver um trabalho voltado à releitura de clássicos do jazz e música brasileira, com um toque autoral. O grupo é formado pelo magistrado Carlos Saraiva (baixo), aluno de grandes instrumentistas como Nico Assumpção, John Patitucci e Lincoln Goines, com quem estudou na escola Bass Collective de Nova Iorque, pelo pianista, tecladista, compositor e arranjador Bruce Lemos (piano) e por Pablo Diego (bateria), aluno do baterista e percussionista sinfônico, Marcelo Vieira, já tendo gravado com Daniel Boaventura, Michael Sullivan, Zé Canuto, Per Olav Kobberstad, dentre outros. A exibição da apresentação também é uma homenagem ao Dia Internacional do Jazz, que ocorre no último dia do mês.
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Coral Strattner
Dando início à temporada da programação musical de 2021, o Museu da Justiça, em parceria com o Música no Museu, exibiu em formato virtual a apresentação do Coral Strattner, realizada no Salão Nobre do APJ-Rio no dia 16 de dezembro de 2019.
O coral Strattner foi criado em 2007 na sede da empresa no Rio de Janeiro e conta com a participação exclusiva de colaboradores de diversas áreas. O coro atua de forma ininterrupta desde seu primeiro ensaio e durante a pandemia não foi diferente. Os coralistas se reúnem 2 vezes por semana dentro da jornada do trabalho. O coral Strattner já participou de diversos encontros nacionais e internacionais, apresentações em teatros, abrigos e museus. Sob a regência do maestro Gabriel Szantó, o coral tem seu repertório composto por músicas nacionais de diversos gêneros, já tendo gravado 2 CDs.
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Pianista José Carlos Vasconcellos
No dia 20 de dezembro, o Museu da Justiça apresentou o último concerto da série de encerramento da temporada 2020 do programa Música no Museu, com o pianista José Carlos Vasconcellos, em recital especialmente dedicado a ocasião, gravado no Salão Nobre do Antigo Palácio da Justiça do Rio de Janeiro, no dia 11/12/2020, sem a presença de público.
José Carlos Vasconcellos estudou sob orientação dos Profs. Aracy Pereira da Silva (com a qual também integrou, por 10 anos, um duo pianístico), Luiz Carlos de Moura Castro e Myrian Dauelsberg. Participou de festivais de música em Portugal, Espanha e Itália, nos quais teve contato com mestres como Helena Sá e Costa e Ludovica Mosca. Apresenta-se no Brasil desde finais dos anos 1990, e a partir de 2014 vem tocando com frequência também no Projeto Música no Museu, inclusive na versão internacional, pela qual já deu concertos em Portugal e Alemanha. Apresentou-se recentemente também na França, nos Estados Unidos e na Argentina. Seu estudo A Natureza do Brasil no Piano de Villa-Lobos (já publicado como livro) lhe valeu a nomeação como membro da Academia Nacional de Música e a participação em diversos simpósios sobre o compositor, no Brasil e no exterior. Teve recitais seus transmitidos pela TV Brasil e pela Rádio MEC. É Procurador do Estado do Rio de Janeiro e professor de Direito Constitucional da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro.
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Pianista Maria Helena de Andrade / Coral Miscelânia
Dando início a série de concertos para o encerramento da temporada 2020 do programa Música no Museu, o Museu da Justiça apresentou no dia 13 de dezembro uma homenagem a Beethoven pelos 250 anos de sua morte, com o Concerto nº 2 para piano e orquestra, executado pela pianista Maria Helena de Andrade, sob regência do maestro Miguel Campos Neto, gravado no Theatro da Paz, em abril de 2012.
O Museu da Justiça exibiu, ainda, a apresentação do Coral Miscelânea realizada em setembro de 2019, no Salão Histórico do I Tribunal do Júri, do Antigo Palácio da Justiça do Rio de Janeiro. O grupo vocal argentino foi criado na cidade de Buenos Aires em 2011 e conta com 27 cantores provenientes de várias cidades. Nesta apresentação, o grupo vocal trouxe em seu repertório obras de Astor Piazzolla e David Azurza, dentre outros.
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The Hirsch Pinkas Piano Duo
O Duo de Piano Hirsch-Pinkas é formado por Evan Hirsch e Sally Pinkas. Casados e tendo carreiras separadas como pianistas, decidiram se juntar como artistas e partiram em turnê. Desde então, o duo tem se apresentando por todo o mundo, incluindo lugares como o Boston’s Jordan Hall, Conservatorio di Santa Cecilia em Roma, a Academia Gnessin em Moscou, além de participações em grandes festivais como o Kfar Blum em Israel e Pontlevoy na França.
Neste concerto, este concerto realizado pelo Música no Museu no Salão Nobre do Museu da Justiça, em Dezembro de 2019, Evan e Sally executaram com maestria e exímia demonstração de sintonia a quatro mãos, grandes nomes da música clássica como Mozart, Schubert, Brahms, Rachmaninoff, Debussy, dentre outros.
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Homenagem a Villa-Lobos
O Museu da Justiça - Centro Cultural do Poder Judiciário apresenta o concerto realizado pelo Música no Museu no Salão Nobre do Museu da Justiça, em março deste ano, para a comemoração do aniversário de Villa-Lobos.
O concerto será uma panorâmica das principais coleções para piano solo de Heitor Villa-Lobos, executadas pelos pianistas Adriana Kellner, Cecília Guimarães, Ezequiel Peres E Fernanda Cruz, sob a Direção Artística de Maria Helena de Andrade. Entremeando a parte musical, serão apresentados pequenos trechos de inspirados textos do genial compositor, que resumem sua filosofia, suas crenças, seu ideal de paz e sua paixão pela música e pelo Brasil
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Piano Solo com Thiago Vitório
Thiago Vitorio é pianista, produtor musical, arranjador e compositor. Recém-graduado da prestigiosa Berklee College of Music, nasceu em Barra Mansa, RJ, e apesar da pouca idade, já tem percorrido um longo e vitorioso caminho musical onde tocou com músicos de fama mundial como Isaac Karabchevsky, David Chew, João Bosco, Randy Gloss, Gerald Robbins, Gilson Peranzzetta, entre muitos outros.
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Trio Movimento Musical
Desde a sua fundação, em 2018, o Trio Movimento Musical vem encantando plateias com um repertório que vai do clássico ao popular. O Trio é composto pelo pianista João Paulo Romeu dos Santos, a violoncelista Denise Emmer e a flautista Lelia Brazil. Neste concerto, realizado no dia 31 de outubro de 2019, no Salão Nobre do Antigo Palácio da Justiça do Rio de Janeiro, o Trio apresentou peças de J.S.Bach, Mozart e Haydn.
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Luiz De Simone, pianista
O Museu da Justiça - Centro Cultural do Poder Judiciário, dando continuidade ao seu programa de música, apresenta o pianista Luiz De Simone, no concerto para piano solo realizado no Salão Nobre do Antigo Palácio da Justiça do Rio de Janeiro, no dia 12 de dezembro de 2019.
Luiz De Simone apresenta composições autorais do seu CD “La Liberté” e impressiona não só pela beleza das obras apresentadas como pelo virtuosismo com o qual as executa.
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Duo Madri
O Museu da Justiça - Centro Cultural do Poder Judiciário inaugura a série Música com o concerto realizado pelo Duo Madri no Salão Nobre do Antigo Palácio da Justiça do Rio de Janeiro (APJ-Rio), no dia 26 de novembro de 2019.
O Duo Madri é composto pelas violonistas Adriana Ballesté e Mara Lúcia Ribeiro, amigas desde a faculdade, época onde participaram da Orquestra de Violões do Rio de Janeiro, sob a direção de Turíbio Santos. Adriana é doutora em Musicologia e atua intensamente nessa área, já Mara Lucia se especializou na Espanha em violão flamenco.
Classificação indicativa: livre
Objetos que contam histórias
Um objeto pode ser apenas um objeto ou pode contar histórias de outros tempos? No Museu da Justiça fazemos a guarda de acervos que são mais do que meros objetos. São objetos que contam histórias. Histórias que guardam memórias e são testemunhos de outros tempos. Através destes objetos podemos visualizar, por exemplo, como era o trabalho do próprio tribunal em tempos passados.
Neste vídeo veremos quatro acervos que ajudam a contar a história do TJRJ. O contador, o capelo a máquina de escrever e a pintura reafirmam esta ideia. Ilustramos também o trabalho que é feito nos bastidores pelos museólogos que fazem com que não só o prédio do Antigo Palácio da justiça, mas todos os objetos históricos do Tribunal do Justiça do Estado do Rio de janeiro estejam conservados e preservados para o futuro.
Classificação indicativa: livre
CONVIDA
O programa “Convida” recebe projetos de magistrados e servidores do PJERJ, que, através da parceria com o Museu da Justiça, produzem e apresentam suas ideias. Lançamentos de livros, debates, mesas redondas e etc. são realizados de maneira gratuita e aberta ao público.
Racismo Estrutural: Legados da Escravidão no Brasil
A partir das pesquisas desenvolvidas ao longo das últimas décadas, os palestrantes Flavio Gomes e Beatriz Mamigonian trazem uma reflexão acerca da escravidão enquanto elemento primordial para o fenômeno chamado Racismo Estrutural no Brasil. Beatriz Mamigonian é escritora, professora do Departamento de História da UFSC e pesquisadora na área da abolição do tráfico de escravos e nas transformações da escravidão no século XIX; Flávio Gomes é escritor, professor da UFRJ e pesquisador do CNPQ.
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Classificação indicativa: a partir de 14 anos
Refugiados – a realidade de mulheres em busca de condições de vida
Deixar tudo para trás e tentar a vida em outro lugar é a realidade de milhares de refugiados em todo o mundo, seja por questões políticas, raça, religião ou ainda graves violações dos direitos humanos em seus países de origem. O Brasil recebeu, apenas no ano passado, cerca de 29 mil pedidos de refúgio. Para abordar esse tema, o Museu da Justiça convidou Luiza Trindade, jornalista e cineasta, cujo documentário de estreia “Adelante - A luta das venezuelanas refugiadas no Brasil” aborda a realidade das mulheres refugiadas da Venezuela e a jornalista, fotógrafa e assessora de comunicação do PARES Cáritas RJ, Luciana Queiroz, que nos trouxe a experiência e o dia a dia da instituição que atua há 45 anos no acolhimento, integração e proteção de pessoas refugiadas no Rio de Janeiro. O debate contou ainda com a presença da venezuelana refugiada Yandi Correa, que vive no Brasil há cinco meses com o marido e três filhos. O encontro foi mediado pelo desembargador Wagner Cinelli.
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Classificação indicativa: a partir de 14 anos
Lançamento da Coletânea Mulheres no Judiciário: Práticas e Desafios
Live de lançamento de uma obra escrita por mulheres profissionais do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro - Psicólogas e Assistentes Sociais. Neste livro temos artigos atuais falando sobre a prática em diversas áreas dentro do judiciário: infância, idoso, adolescente em conflito com a lei, família, violência doméstica, tutoria, custódia, os desafios do trabalho na pandemia.
As autoras apresentaram como foi construir a presente obra e qual a importância dos temas abordados para o trabalho desenvolvido pelas equipes técnicas do judiciário. A análise das práticas realizadas nos artigos pretende contribuir para a produção de conhecimento diante de um campo de atuação tão rico, diverso e desafiador.
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Classificação indicativa: Livre
A casa de elite do Brasil oitocentista: casas rurais e urbanas do ciclo do café
A palestra abordou o projeto de pesquisa voltada para as casas de elite do Vale do Paraíba, no século XIX, tendo como referências Vassouras, Valença e Piraí. Ela integra o projeto luso-brasileiro, A Casa Senhorial em Portugal, Brasil e Goa: Anatomia dos interiores, séculos XVI a XIX, e aborda quatro áreas de investigação: arquitetura, interiores, decoração e mobiliário.
Entre as fontes documentais pesquisadas incluem-se os inventários e outros processos, onde se descrevem os bens moveis e imóveis da elite senhorial brasileira.
Como parte das comemorações pelo Dia da Memória do Poder Judiciário, convidamos a equipe da Fundação Casa de Rui Barbosa, responsável pelas pesquisas no Brasil, para nos falar sobre a importância do projeto e dos processos judiciais para o seu desenvolvimento.
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Classificação indicativa: a partir de 14 anos
Lançamento da Antologia “Crônicas da Quarentena”
A antologia Crônicas da Quarentena (Edições Cândido) é composta por textos de dezessete autores. O livro nasceu de encontros virtuais de Escrita realizados por Eduardo Barbosa, onde ele deu aulas sobre a crônica, falando das características e da trajetória desse tipo de texto na Literatura Brasileira.
No livro, o leitor se depara com registros de uma época: o ano de 2020. Registros feitos com a linguagem literária, repletos de humor, lirismo, memórias, imaginação, ironia, crítica... há tanto de muito nessas crônicas da quarentena.
O evento contou com a organização de Eduardo Barbosa, mediação de Siléa Macieira e a apresentação do Des. Wagner Cinelli.
O encontro fez parte das homenagens ao “Dia Internacional da Mulher”. A obra contempla 17 cronistas em que 14 são mulheres, com a mediação de Siléa Macieira.
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Classificação indicativa: Livre
A documentação judicial e a história da escravidão no Brasil
Como parte das atividades voltadas para o mês da consciência negra, o Museu da Justiça promoveu, no dia 24 de novembro, o encontro A Documentação Judicial e a História da Escravidão no Brasil. Os historiadores Ricardo Salles (doutor pela UFF e professor titular da UNIRIO), Thiago Campos (doutor pela UFF) e Argemiro Eloy Gurgel (mestre pela UFRJ e MBA em gestão cultural) falaram de suas experiências enquanto pesquisadores, de suas produções e debateram sobre a importância dos arquivos judiciais para a historiografia do escravismo brasileiro e suas conexões com a sociedade atual.
Classificação indicativa: Livre
VISITA VIRTUAL
O Museu da Justiça apresenta uma visita virtual aos salões históricos do Antigo Palácio da Justiça do Rio de Janeiro.
Conhecendo o Museu da Justiça e o Antigo Palácio da Justiça do Rio de Janeiro
Neste primeiro vídeo iremos conhecer o hall de entrada do Antigo Palácio de Justiça do Rio de Janeiro, abordando a história, os detalhes arquitetônicos, museológicos e culturais.
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Conhecendo o Salão Histórico do I Tribunal do Júri - APJ-Rio
Neste segundo vídeo iremos conhecer o Salão Histórico do I Tribunal do Júri, hoje espaço histórico do APJ-Rio, no passado foi local de importantes julgamentos de crimes dolosos contra a vida. Nessa visita, serão abordados tanto aspectos do Direito, como o funcionamento do Tribunal do Júri, quantos aspectos ligados à história, arquitetura, cultura e museologia.
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Conhecendo o Tribunal Pleno
Neste terceiro vídeo iremos conhecer o Tribunal Pleno do Antigo Palácio de Justiça do Rio de Janeiro, abordando a história, os acontecimentos importantes, as homenagens, bem como aspectos museológicos e culturais.
Classificação indicativa: livre
PROGRAMAS PARCEIROS
Através de parcerias com instituições de ensino e cultura ou com outros setores do TJERJ, o Museu da Justiça recebe projetos culturais e institucionais que compõem a programação do museu.
Palestra “Amigos Solidários na Dor do Luto”
Em apoio a campanha do Setembro Amarelo, o Museu da Justiça, em parceria com o Departamento de Ações Pró-Sustentabilidade (DEAPE), disponibiliza a palestra “Amigos Solidários na Dor do Luto”, realizada em 26 de setembro de 2018 pela a assistente social Márcia Torres, graduada pela Universidade Veiga de Almeida (UVA), com pós-graduação em Ética e Bioética Aplicada pelo Instituto Fernandes Figueira (IFF) e coordenadora do Grupo Amigos Solidários na Dor do Luto.
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Palestra “Saúde mental: como evitar o adoecimento na vida e no trabalho”
Em apoio a campanha do Setembro Amarelo, o Museu da Justiça, em parceria com o Departamento de Ações Pró-Sustentabilidade (DEAPE), disponibiliza a palestra “Saúde mental: como evitar o adoecimento na vida e no trabalho”, realizada em 16 de setembro de 2016 pela médica Tânia Kadima Magalhães.
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Palestra “A Força do Um” com André Trigueiro
Para tratar de um tema de saúde pública, no mês que traz a importância da prevenção ao suicídio, o DEAPE e o Museu da Justiça apresentam, em formato virtual, a palestra “A Força do UM”, do jornalista André Trigueiro, realizada em setembro de 2019 no Salão Histórico do I Tribunal do Júri do Antigo Palácio da Justiça do Rio de janeiro.
O Setembro Amarelo, campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio, que ocorre este mês em todo o mundo, busca abordar o tema de forma consciente e desmistificada, a fim de trazer à tona questões que envolvem o assunto. Após a palestra, André Trigueiro autografou o livro “A Força do Um”, com direitos autorais cedidos para a Fraternidade Sem Fronteiras. Na obra, o jornalista compartilha ideias, expõe sentimentos e sugere ações transformadoras, mostrando que cada pessoa tem o poder de interferir na realidade que a cerca, ou seja: a força do um transforma a realidade de todos.
Classificação indicativa: livre
PERSONALIDADES
O Museu da Justiça estreou em sua programação o Personalidades, um espaço para interagir e compartilhar ideias com pessoas ligadas ao meio artístico e cultural que de alguma forma participam da nossa programação, seja nos brindando com sua arte, seja na curadoria de algum programa.
Alexandre Pinhel
Na edição de estreia, Sergio Sydow conversou com Isabela Francisco e com o artista plástico Alexandre Pinhel que falará sobre sua exposição “Absurdos Insustentáveis” - disponibilizada ao público no formato virtual, através do portal do CCMJ.
Classificação indicativa: Livre