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Solução mediada fecha acordo que define criação da República de Jovens feminina no Rio
Notícia publicada por Secretaria-Geral de Comunicação Social em 29/07/2025 17h33
Contenda judicial durou mais de uma década

 

Imagem mostra pessoas ao redor de uma mesa em uma sala, em cena que demonstra uma negociação. Na porta da sala está escrito a palavra Cejusc - Mediação 13

Os representantes das partes envolvidas no processo participaram da mediação conduzida pela desembargadora aposentada Ione Pernes e que terminou em acordo

Treze anos se passaram desde o início de uma intensa contenda judicial entre o Município do Rio e a Defensoria Pública estadual a respeito da criação e manutenção da República de Jovens. A maior divergência - e que fez a ação civil pública se arrastar por todo esse tempo - era a localização da unidade feminina. O caso parecia de difícil solução, mas chegou ao fim nesta terça-feira, 29 de julho, graças a utilização de uma ferramenta simples e eficaz: a mediação judicial.

O acordo foi assinado no Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc), mediado pela desembargadora aposentada Ione Pernes. Ficou definido que a unidade feminina será implantada até o dia 31 de outubro, em imóvel localizado no Rio Comprido.

“A mediação atingiu a sua finalidade, que é diminuir os litígios judiciais e chegar a um consenso. Nada é imposto, as próprias partes chegam ao acordo. Por isso o final é feliz, todos saem satisfeitos”, disse a desembargadora.

A procuradora assistente, da Procuradoria de Serviços Públicos do Município do Rio, Bruna Tschaffon, concorda com a magistrada.

“Estamos felizes de conseguir o melhor resultado pela via da consensualidade”, declarou.

A República dos Jovens masculina foi criada em 2021 e funciona em Botafogo. Ambas unidades possuem 6 vagas cada e são destinadas a jovens com idades entre 18 e 21 anos e que estejam em situação de vulnerabilidade e em risco pessoal e social. Os jovens são acompanhados e orientados por uma equipe formada por assistente social, psicóloga e coordenadora.

“É importante ressaltar o impacto social dessa iniciativa, que é a redução da presença de jovens em situação de abandono, de vulnerabilidade, de risco pessoal e social e sem condições de moradia. Eles são egressos de abrigo e todo esse processo ajuda na construção da autonomia. Esse tipo de auxilio é um preparatório para uma vida autônoma e produtiva”, explicou a subdefensora Pública-Geral Institucional, Suyan Liberatori.
 
MG/FS

Foto/Brunno Dantas