Fórum de São José do Vale do Rio Preto ganha nome de servidora do Tribunal de Justiça
Em uma cerimônia marcada por emoções e lembranças, o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) nomeou nesta sexta-feira, dia 21, o Fórum de São José do Vale do Rio Preto, na Região Serrana do estado. A partir de agora, o prédio passa a se chamar Mônica da Silva Oliveira, em homenagem póstuma a uma servidora. O Fórum fica na Rua Senhor dos Passos 37, no Centro da cidade.
O pai de Mônica, Francelino de Oliveira Neto, se emocionou ao lembrar as qualidades da filha. Com a voz embargada, disse que é uma honra para a família que ela tenha sido uma servidora exemplar, a ponto de dar o nome ao Fórum. Sem precisar de rascunho ou papel, seu Francelino disse estar consternado com o sumiço da filha, mas, com carinho, recordou momentos de felicidade ao lado de Mônica, sempre destacando seu esforço.
“Estamos todos muito orgulhosos por essa homenagem. A Mônica era uma pessoa muito determinada e dedicada com tudo aquilo com o que se comprometia. Ainda sofremos muito com essa perda, mas ela nos marcou com seu jeito especial, carinhoso e de uma trabalhadora esforçada”, afirmou.
Também sensibilizado com a homenagem em um dia de recordações, o sobrinho de Mônica, Bruno Oliveira Avellar, agradeceu, em nome dos familiares, aos presentes pelo carinho com que lembram a tia e por participarem de um momento marcante para a família.
A juíza Vânia Mara Nascimento Gonçalves, diretora do Fórum, chorou quando falou da amizade e do companheirismo de Mônica. De acordo com a juíza, sua forma de lidar com os problemas foi uma marca perpetuada pela servidora nos 12 anos em que ela trabalhou na Comarca.
“Mônica me marcou muito, eu era muito próxima dela. Ela era uma pessoa especial e desde que chegou a São José do Rio Preto se mostrou servidora muito competente. Ela lidava com os problemas de forma tranquila, mas sempre com muita dedicação. Todos os funcionários do cartório a amavam ”, disse a magistrada.
O juiz auxiliar da Corregedoria Aroldo Gonçalves Pereira Junior ressaltou que o Poder Judiciário é construído por trabalhos como o de Mônica, e destacou que seu trabalho na Comarca de São José do Rio Preto deve servir de exemplo para a Justiça.
“O Tribunal do Rio se mantém de pé por pessoas como a Mônica. São elas que batalham no dia a dia para que a gente possa dar à sociedade a devida prestação jurisdicional. O seu trabalho nesta Comarca deixa a sensação de que é assim que devemos prosseguir, com um trabalho mais humano, dedicado e apaixonado, sempre superando as dificuldades e fazendo o serviço com gosto”, avaliou o juiz Aroldo.
Juntos, familiares e magistrados descerraram, com aplausos e lágrimas, a placa que eterniza o nome de Mônica no Fórum da cidade.
Também estiveram presentes na solenidade o juiz diretor do 3º Núcleo Regional (NUR), Rafael Rodrigues Carneiro; o presidente da 3ª subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcelo Schaefer; o prefeito da cidade, José Augusto Gonçalves; a defensora pública Fernanda da Costa Santos e o presidente da Câmara Municipal, Lucas Rabelo.
JGP/AB
Foto: Carlos Eduardo/TJRJ
