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Traição e Vingança é tema de palestra de psiquiatra sobre "A Visita da Velha Senhora" no CCPJ-Rio
Notícia publicada por Assessoria de Imprensa em 20/10/2015 14:15

Um olhar da psicanálise sobre o texto da “A Visita da Velha Senhora”, de Friedrich Dürenmatt, é o que promete a quarta convidada do ciclo de debates “A Visita da Velha Senhora: 50 anos depois”, na próxima quinta-feira, dia 22/10, após o espetáculo que começa às 19h. Com o tema Paixão&Traição / Ressentimento&Vingança, o Centro Cultural do Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro (CCPJ-Rio) recebe a psicanalista Silvia Alexim Nunes.

Silvia Alexim Nunes é integrante do Espaço Brasileiro de Estudos Psicanalíticos e pesquisadora do grupo Epos. Fez doutorado em saúde coletiva pelo Instituto de Medicina Social da UERJ. Pesquisadora do grupo Epos, genealogias, subjetivações e violência, é autora dos livros "O corpo do diabo entre a cruz e a caldeirinha: um estudo sobre a mulher, o masoquismo e a feminilidade" e "A psicopatologia da vida cotidiana: como Freud explica".

"Vingança não é Justiça" foi o que sentenciou o Desembargador Cláudio dell'Orto na última quinta-feira, dia 16/10, no debate "Justiça X Justiçamento", terceiro convidado do ciclo "A Visita da Velha Senhora: 50 anos depois". Ele destacou a atualidade do texto de Friedrich Dürrenmatt e disse que o autor mostra com clareza que o processo de justiçamento, na maioria das vezes, é um processo coletivo: "Se você age em grupo deixa de ter consciência individual e passa a ter uma consciência coletiva. Há uma divisão da culpa", destacou.

O magistrado defendeu que as pessoas não estão autorizadas a punir àqueles que transgridem as normas da sociedade: "Quem viola as regras de comportamento, quem não cumpre as leis tem que ser punido pela própria lei". Para ele, a descrença das pessoas na Justiça se dá porque o sistema do Estado Democrático de Direito é complexo, caro e continua em construção: "Nós que operamos a justiça, precisamos dar um novo significado ao modelo de sociedade que estamos construindo. Não podemos continuar a viver em uma sociedade do perde e ganha", enfatizou.

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