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Antigo Palácio da Justiça recebe iluminação azul para marcar o Dia Mundial de Conscientização do Autismo
Notícia publicada por Assessoria de Imprensa em 01/04/2015 12:33

Em uma ação inédita no Poder Judiciário fluminense, o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) irá apoiar a divulgação do Dia Mundial de Conscientização do Autismo, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) na data de 2 de abril. Já a partir desta quarta-feira, dia 1º, e por toda a próxima semana, a fachada do Antigo Palácio de Justiça, na Rua Dom Manuel, 29, Centro, ficará iluminada de azul. O mesmo acontecerá também nas sedes do Judiciário federal, em Brasília, do Legislativo fluminense e em outros prédios.

A iniciativa no TJRJ surgiu com uma solicitação encaminhada ao presidente do tribunal, desembargador Luiz Fernando Ribeiro de Carvalho, pelo Grupo de Pais de Crianças Portadoras de Transtorno Invasivo do Desenvolvimento do Espectro Autístico – TEA, CID F 40 – denominado Mundo Azul e que tem como colaboradora a juíza Keyla Blank De Cnop. Mãe de Arthur, de 10 anos, portador da doença, a magistrada ajudou na formação do grupo com mais dois casais, também pais de crianças autistas.

Relativamente nova na literatura médica, a doença é desconhecida pela maioria das pessoas. Durante algum tempo, foi confundida com esquizofrenia. Os sinais mais comuns apresentados pelo portador do transtorno são a dificuldade de comunicação verbal e não verbal; falha na interação social recíproca; e comprometimento da imaginação com repertório restrito de interesses e atividades. É importante que a doença seja diagnosticada precocemente, ainda nos primeiros anos de vida da criança. Foi o caso de Arthur, que, aos dois anos de idade, teve o seu diagnóstico feito pelos médicos. Segundo a mãe, o tratamento clínico e a adequação na escola tem um custo elevado.

Para a juíza Keyla Cnop, essas são as questões que merecem mais atenção dos pais das crianças. A magistrada acredita que há falta da orientação pedagógica nas escolas, já que o autista precisa ser acompanhado pela figura do mediador para poder interagir na sala de aula. Segundo ela, a criança tem dificuldade de entendimento porque faz uma interpretação literal da comunicação verbal ou de um texto. O grupo já obteve a aprovação de leis estaduais e municipais com o objetivo de garantir tratamento pelo Estado. Uma das leis prevê a construção de centros de tratamento de crianças autistas no Rio e no interior.

O grupo Mundo Azul tem se mobilizado em todos os sentidos para atingir a conscientização do Autismo pela sociedade. No domingo passado, foi realizada uma caminhada na praia do Leblon e, amanhã, será celebrada missa no Cristo Redentor. 

P.C./S.F.

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