Sérgio Besserman conclui ciclo de palestras sobre Protocolo de Quioto e mudanças climáticas
O professor da PUC-Rio e economista Sérgio Besserman foi o convidado da última palestra da série “Protocolo de Quioto: resultados e preparativos para sua substituição - o que esperar do futuro das mudanças climáticas e suas repercussões na gestão pública”. Durante quase duas horas, analisou o assunto ressaltando que a responsabilidade pelo futuro da humanidade está em nossas próprias mãos e que, no Brasil, Estado e Poderes precisam de iniciativa e organização para reduzir o impacto destas alterações na vida da população.
O evento, organizado pelo Departamento de Ações Pró-Sustentabilidade (Deape) e Comissão de Políticas Institucionais para Promoção de Sustentabilidade (Cosus), foi realizado no Auditório desembargador José Navega Cretton, no 7º andar do Fórum Central.
Antes, Sérgio Besserman participou de uma visita ao teto verde da Lâmina III do Complexo do Judiciário do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, acompanhado pelo presidente da Cosus, desembargador Jessé Torres; pelo procurador-geral do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, Sergio Cavalieri; e pela equipe do Deape, liderada pela diretora-geral Rosiléa Di Masi Palheiro.
“Tenho tido a oportunidade de aprender com a equipe socioambiental do TJ. A iniciativa do teto verde tem valor não só em si mesmo, como para todo o Rio. Faz-nos pensar em como nossa cidade poderia ser diferente se cada um fizesse sua parte”, disse o professor e economista.
Clima transformará o modo de vida
Já na palestra, que foi conduzida pela presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, desembargadora Leila Mariano, o professor e economista alertou para o fato de que a capacidade do planeta em oferecer ao homem necessidades como solo, água e terra está comprometida. No entanto, uma se destaca. O clima, ou melhor, as mudanças climáticas transformarão, num futuro muito próximo, o modo de vida na Terra.
A explanação de Besserman mostrou que o aumento da temperatura, além de acarretar o derretimento das geleiras, extingue a água doce, quando influi no deslocamento inesperado de nuvens. Sem chuvas, as cabeceiras dos rios ficam secas, provocando crises de abastecimento como a que afeta a cidade de São Paulo.
“O Estado, através de seus Poderes - Executivo, Legislativo e Judiciário - terão obrigação de lidar com essas questões, a fim de proteger a economia e a vida da população”, afirmou, com categoria, Sérgio Besserman, que acrescentou: “O maior desafio, a meu ver, é a consciência, que demanda tempo, sonho, investimento, expectativa. O melhor a fazer é o que o Tribunal de Justiça do Rio está fazendo aqui, nesta palestra: produzir conhecimento e agregá-los em torno de ideias”.
A palestra “Repercussões das questões climáticas sobre a ordem econômico- administrativas dos Estados”, foi transmitida por videoconferência para as comarcas do interior do Estado do Rio, em atividade que marca 2014 como o Ano da Sustentabilidade no Tribunal de Justiça do Rio. Cerca de 200 servidores assistiram ao debate por este meio.
NC/AB